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Gelo, água, velas e lanternas passam a faltar em mercados de Porto Alegre

Falta de luz e água há dois dias reflete na disponibilidade de itens no comércio

Quem buscou gelo nesta quinta pela manhã se deparou com geladeiras vazias
Quem buscou gelo nesta quinta pela manhã se deparou com geladeiras vazias Foto : Guilherme Almeida

A falta de água e luz há dois dias reflete nesta quinta-feira no comércio de itens como velas, água, gelo e adaptadores de tomada em mercados de Porto Alegre, e já há falta deles. Em mercado no bairro Partenon, uma das regiões da cidade mais afetadas pela tormenta, com diversas quedas de árvores e postes, duas geladeiras onde deveria haver gelo estavam vazias, e quem buscava comprá-los ainda pela manhã ouvia dos funcionários que um novo carregamento do produto estaria disponível logo mais.

Houve aglomeração e inclusive certa indignação de alguns consumidores. No entanto, havia quem compreendia a situação e buscava alternativas. “Acabei comprando o que não precisava, tudo pela falta de luz e água. Mas agora seja o que Deus quiser”, afirmou a aposentada Mariane Lacerda, que mora próxima ao hipermercado. “Também não sabemos quanto tempo iria durar, mas vamos nos virando”, acrescentou.

A representante comercial de uma fabricante de equipamentos elétricos, que não quis se identificar, disse que a busca por lanternas também estava alta no local. Em um supermercado da avenida Doutor Carlos Barbosa, no bairro Medianeira, a gerente Sabrina Schneider disse ter observado um aumento da procura por água e gelo, mas que o fornecedor, que é de Canoas, conseguia atender à demanda. “Como é verão, geralmente os estoques deles são mais altos”, afirmou ela.

O mercado em questão, que pertence a uma rede, era um dos poucos locais da Vila Cruzeiro ainda com luz, graças a um gerador de energia instalado recentemente pelo estabelecimento. Em postos de combustíveis, também houve maior movimento em busca de abastecimento. Alguns dos locais que funcionavam em pontos como a avenida Farrapos, na zona Norte, também atendiam com geradores, e de forma geral aceitando pagamento apenas em dinheiro.

Procurado, o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no RS (Sulpetro) informou que, hoje, “o pior já havia passado”, e que os problemas haviam sido desde então “mais localizados”. “Alguns postos estão retornando a energia”, e nos locais com geradores, as lojas de conveniência deixam de funcionar, “ficando prejudicadas e fechadas”, disse o sindicato, que acrescentou “não haver desabastecimento”.