Governador garante diálogo sobre cortes de recursos de saúde para a Região Metropolitana

Governador garante diálogo sobre cortes de recursos de saúde para a Região Metropolitana

O fim dos repasses do programa Assistir foi uma das pautas prioritárias da Granpal, entregues a Leite

Kyane Sutelo

O presidente da Granpal e prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal e o diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, ouvindo a manifestação do governador Eduardo leite.

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O governador do Estado, Eduardo Leite, afirmou que há margem para debater alternativas aos cortes de recursos do programa Assistir a hospitais da Região Metropolitana. A previsão seria que, em julho, as instituições de saúde perderiam mais de R$ 160 milhões de investimentos anuais. 

“Nós temos a disposição de avançar para que não aconteça essa redução. Vamos chamar os prefeitos, conversar, para construir alternativas”, afirmou Leite, apesar de destacar dificuldades no orçamento gaúcho. Uma reunião está agendada para que o Estado e municípios discutam o tema em 6 de junho, segundo o governador.

“Queremos estabelecer um comitê técnico e que ele possa, com um prazo máximo de 60 dias, trabalhar para que a gente tenha repactuações, algumas redefinições de fluxo”, projetou o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), e prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal. 

O tema foi debatido no Almoço Metropolitano da entidade, realizado nesta quarta-feira, no Instituto Caldeira, em que a Granpal entregou suas pautas prioritárias ao governador, incluindo o caso do Assistir. Leite mencionou, como exemplo de repactuação, processo em andamento com Esteio, que estaria agregando serviços e garantindo os recursos na saúde. 

Transporte metropolitano e educação

A entidade ainda pediu ao governador a criação do Avançar Transporte Metropolitano, com recursos da venda da Corsan. Leite disse que espera atingir a integração da bilhetagem “nos próximos anos” e que é preciso avaliar a falta de verba. “A Corsan sozinha são R$ 4 bilhões, parece muito dinheiro, e é. Mas o avançar sozinho tem R$ 6,5 bilhões”, afirmou. 

Prefeitos também demonstraram preocupação com o projeto que prevê repasses do ICMS aos municípios conforme o desempenho na educação. Eles temem perder recursos por não conseguirem atingir recuperar a qualidade perdida no auge da pandemia de Covid-19. Apesar de garantir que vai avaliar a demanda, a determinação deve ser mantida. "Não pretendemos rever a lei", afirmou Leite.

Os municípios da Granpal também solicitaram que não seja instalado pedágio na ERS 118 e que seja reforçada a segurança pública na Região Metropolitana, com foco em furtos de cabos, fios e tampas metálicas.


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