Greve do Metrô em SP tem "peregrinação" por linhas e aplicativo mais caro

Greve do Metrô em SP tem "peregrinação" por linhas e aplicativo mais caro

Sindicato dos Metroviários e dos Ferroviários se mobilizam contra privatização

AE

Linhas já estavam paralisadas desde o início da manhã

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A greve desta terça-feira (3) que afeta o funcionamento de linhas do Metrô e da CPTM em São Paulo tem causado transtornos a passageiros que tentam se deslocar na capital e na região metropolitana. A paralisação tem feito com que haja uma peregrinação entre linhas que mantêm o funcionamento, aumentando o tempo do trajeto no início desta manhã. Além disso, os ônibus têm circulado mais cheios e os preços de corrida por aplicativo estão mais altos que a média diante da demanda.

A enfermeira Tatiana Souza, de 41 anos, prevê uma "verdadeira peregrinação", como ela mesmo descreve, para chegar ao trabalho nesta terça-feira por conta da greve. Funcionária de um hospital na região da Vila Mariana, na zona sul, normalmente ela vai até a Estação Corinthians-Itaquera, pega as linhas Vermelha e Azul do Metrô, e chega ao trabalho. O trajeto dura por volta de 45 minutos.

"Hoje, por conta da paralisação, a ideia é ir de CPTM até a Estação Paulista, pegar a linha Amarela até a Estação Pinheiros, pegar a linha Esmeralda até a Estação Santo Amaro e, por fim, entrar na linha Lilás para chegar ao trabalho", disse. O tempo previsto é pelo menos o dobro do que ela gasta normalmente: 1h30. "Pelo menos uma colega de trabalho vai me acompanhar nessa."

Maria Adelina, 42 anos, empregada doméstica, decidiu pegar ônibus para chegar ao seu local de trabalho, no Morumbi. Com dificuldade para conseguir pesquisar o trajeto, ela pediu o celular de um colega emprestado para utilizar a internet e descobriu que levaria cerca de uma hora e meia a mais que o normal. "Atrapalhou bastante. De metrô é tudo mais fácil. Além disso, com certeza os ônibus vão estar todos cheios", disse.

No Jabaquara, os portões amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando para a população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas, como Josemir Teixeira, 29 anos, pintor, não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com a porta ao chegar na estação a caminho do trabalho.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895