Grupo Hospitalar Conceição propõe aumento de 37,7% do vale-alimentação após protesto de funcionários

Grupo Hospitalar Conceição propõe aumento de 37,7% do vale-alimentação após protesto de funcionários

Além do reajuste do vale, servidores pedem redução da jornada do auxiliar de higienização de 220 horas para 180

Felipe Samuel

Representantes da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) marcaram presença no ato

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Funcionários do Hospital Nossa Senhora da Conceição protestaram nesta quinta-feira, em frente ao ambulatório do hospital, na Capital, por reajuste do vale-alimentação, que está há seis anos sem aumento, e pela redução da jornada do auxiliar de higienização de 220 horas para 180. A direção do Grupo Hospitalar Conceição avalia os pedidos e sinaliza com aumento de pelo menos 37,7% do valor do vale-alimentação, índice referente à inflação do período. O valor atual do vale-alimentação é de R$ 385,00.

Representantes do Sindisaúde e da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) marcaram presença no ato e convocaram outros trabalhadores a participar da manifestação. O presidente da ASERGHC, Arlindo Nelson Ritter, alerta que funcionários da higienização estão adoecendo em decorrência da carga de trabalho. “Lutamos por dois acordos coletivos de trabalho, da redução da carga horária da higienização, que reflete no adoecimento desses trabalhadores e a questão do vale-alimentação, que está seis anos sem reajuste”, afirma. 

O diretor do GHC, Gilberto Barichello, que está em Brasília, no Distrito Federal, onde apresenta as pautas da categoria, garante que desde que assumiu a direção do hospital mantém diálogo com os 14 principais sindicatos. “O governo tem a decisão que dará reajuste do vale-alimentação depois de seis anos sem nenhum reajuste. O que está se discutindo agora é qual é o valor do reajuste, mas haverá reajuste do vale-alimentação do GHC depois de seis anos”, garante. “A gente está trabalhando com o governo um percentual a partir de 37,7%”, completa.

A se confirmar o reajuste, o impacto na folha de pagamento pode chegar a R$ 22 milhões ao ano, uma vez que o GHC conta com mais de 8,5 mil servidores. Sobre o levantamento das condições de trabalho, Barichello explica que a ideia é apurar o percentual de servidores afastados e os motivos pelos quais deixaram de trabalhar. Os dados serão apresentados ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). Em 4 de maio, a direção apresentará os resultados. “Esse documento vai fundamentar o pedido de redução de jornada”, avalia.


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