Há quase seis dias sem energia elétrica, moradores protestam no bairro Medianeira, em Porto Alegre

Há quase seis dias sem energia elétrica, moradores protestam no bairro Medianeira, em Porto Alegre

Desde as 9h, moradores bloqueiam via com galhos de árvores e cavaletes

Felipe Faleiro

Barricada foi montada na esquina das ruas Professor Clemente Pinto e Lindolfo Collor

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Moradores do bairro Medianeira, zona Sul de Porto Alegre, realizam na manhã deste domingo um protesto contra a falta de energia elétrica há quase seis dias. Desde às 9h, eles trancam com galhos de árvores e cavaletes a esquina das ruas Professor Clemente Pinto e Lindolfo Collor em busca de uma solução por parte da CEEE Grupo Equatorial, porém alegam não terem sido ouvidos. O protesto foi pacífico e o 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) fez o acompanhamento.

“O pessoal aqui já está em desespero, porque não tem como armazenar água e não temos fogão elétrico para cozinhar. As comidas estão todas indo para o lixo. Tem gente acamada aqui, fora os assaltos que estão acontecendo”, relatou a técnica de Enfermagem Rosângela Goulart, moradora da área. Ela alegou usar três ônibus para ir ao trabalho e disse que iria cansada hoje.

“A gente queria mesmo colocar fogo, mas fomos coerentes. Nem Internet tem, e como vamos chamar um aplicativo?”, questionou ela. Os moradores afirmaram que o protesto não tinha momento para terminar, apenas quando a situação se resolvesse. “O protocolo com a CEEE está difícil. Um ou outro até conseguiu, mas os caminhões passam aqui e quem está neles comenta que está indo para outro bairro. Está intolerável e não conseguimos suportar mais”, acrescentou Rosângela.

Além da Clemente Pinto, também houve barricadas na rua Cezimbra Jaques, que é paralela. Assim, motoristas que quiserem se dirigir ao bairro Nonoai a partir da Tronco devem subir a Sepe Tiarajú, que está liberada. Conforme informou na manhã de ontem a CEEE Grupo Equatorial, 95,3% dos clientes que estavam desabastecidos já tiveram a energia reestabelecida, e cerca de 30 mil clientes continuavam sem o fornecimento. A empresa informou que “segue atuando com máxima mobilização de suas equipes de manutenção a fim de normalizar seus serviços o mais breve possível”.

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