Há quase seis dias sem energia elétrica, moradores protestam no bairro Medianeira, em Porto Alegre
Desde as 9h, moradores bloqueiam via com galhos de árvores e cavaletes
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Moradores do bairro Medianeira, zona Sul de Porto Alegre, realizam na manhã deste domingo um protesto contra a falta de energia elétrica há quase seis dias. Desde às 9h, eles trancam com galhos de árvores e cavaletes a esquina das ruas Professor Clemente Pinto e Lindolfo Collor em busca de uma solução por parte da CEEE Grupo Equatorial, porém alegam não terem sido ouvidos. O protesto foi pacífico e o 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) fez o acompanhamento.
“O pessoal aqui já está em desespero, porque não tem como armazenar água e não temos fogão elétrico para cozinhar. As comidas estão todas indo para o lixo. Tem gente acamada aqui, fora os assaltos que estão acontecendo”, relatou a técnica de Enfermagem Rosângela Goulart, moradora da área. Ela alegou usar três ônibus para ir ao trabalho e disse que iria cansada hoje.
“A gente queria mesmo colocar fogo, mas fomos coerentes. Nem Internet tem, e como vamos chamar um aplicativo?”, questionou ela. Os moradores afirmaram que o protesto não tinha momento para terminar, apenas quando a situação se resolvesse. “O protocolo com a CEEE está difícil. Um ou outro até conseguiu, mas os caminhões passam aqui e quem está neles comenta que está indo para outro bairro. Está intolerável e não conseguimos suportar mais”, acrescentou Rosângela.
Além da Clemente Pinto, também houve barricadas na rua Cezimbra Jaques, que é paralela. Assim, motoristas que quiserem se dirigir ao bairro Nonoai a partir da Tronco devem subir a Sepe Tiarajú, que está liberada. Conforme informou na manhã de ontem a CEEE Grupo Equatorial, 95,3% dos clientes que estavam desabastecidos já tiveram a energia reestabelecida, e cerca de 30 mil clientes continuavam sem o fornecimento. A empresa informou que “segue atuando com máxima mobilização de suas equipes de manutenção a fim de normalizar seus serviços o mais breve possível”.