Homem que mantinha criação de javalis é preso por poluição e posse ilegal de armas em Veranópolis

Homem que mantinha criação de javalis é preso por poluição e posse ilegal de armas em Veranópolis

Acusado, de 53 anos, também vai responder por caça ilegal de espécies em risco de extinção

Marcel Horowitz / Rádio Guaíba

Homem, de 53 anos, foi preso nesta segunda-feira à tarde

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Uma ação conjunta da Polícia Civil, Brigada Militar e Exército Brasileiro prendeu em flagrante, na tarde desta segunda-feira, um homem de 53 anos pelos crimes de poluição ambiental qualificada e posse ilegal de armas de fogo em Veranópolis, na Serra. No local, os agentes de segurança também encontraram carne de animais caçados sem licença, e a manutenção de animais selvagens em cativeiro, de forma ilegal.

De acordo com o delegado Tiago Baldin, da Polícia Civil de Veranópolis, o preso operava uma madeireira na propriedade em que mantinha uma criação com mais de 850 suínos. Ao inspecionarem a área, os policiais verificaram que os dejetos dos animais eram despejados em córregos de um rio que abastece a região. Também localizaram uma criação de javalis, prática proibida em quase todo o país por conta da nocividade da espécie, bem como dos danos sociais, ambientais e econômicos que ela causa.

"A gente começou a investigação dentro do contexto de contenção de abusos de pessoas que possuem certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Mas também tínhamos a informação que o indivíduo mantinha três javalis, em cativeiro, para fins de reprodução”, destacou o delegado à Rádio Guaíba. “Recebemos a ordem judicial para abater os animais selvagens e tivemos que cumprir a determinação, com a presença da Fiscalização Ambiental", complementou.

Ao fim do mandado de busca e apreensão, foram apreendidas armas de diversos calibres, como espingardas e pistolas, sem o devido registro. Além disso, os policiais localizaram um estoque de carne de animais considerados em risco de extinção, cuja caça é proibida, como cervos e espécies de pombas selvagens.

“Nossa região tem a cultura da caça e a maior parte da população possui armas legalizadas. Os órgãos de segurança vão atuar para coibir os que cometem abusos”, enfatizou Baldin. “O caso de hoje vai muito além da questão criminal. Agora ele vai responder também ao Exército Brasileiro”, concluiu.


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