Hospital de Caridade de Canguçu recebe mais de R$ 800 mil em equipamentos

Equipamentos destinados a requalificação do bloco cirúrgico do Hospital de Caridade de Canguçu (HCC) foram entregues pelo Governo do Estado, no valor de R$ 893,5 mil por meio do Programa Avançar na Saúde. Com a chegada de um arco cirúrgico, um aparelho de anestesia, uma autoclave hospitalar horizontal e uma mesa cirúrgica elétrica, que já estão instaladas e funcionando, o HCC irá qualificar o bloco cirúrgico, que será referência para a região e irá atender 210 consultar eletivas e 30 cirurgias eletivas por mês.

Os aparelhos permitem a realização de procedimentos de média complexidade em traumato-ortopedia, o que também vai viabilizar a habilitação de um ambulatório de especialidades. A Gestora do Hospital, Miriam Neutzling afirmou que com os novos equipamentos será possível elevar o número de procedimentos que podem ser realizados, auxiliando na demanda reprimida em diversas especialidades. “Sabemos que os hospitais passam por dificuldades financeiras, mas com parcerias como esta conseguimos adquirir estes equipamentos de tecnologia avançada, com redução de custos, dando maior precisão e segurança aos profissionais para entregar aos pacientes o melhor resultado possível”, observa.

Para ela, a alegria de ver pacientes realizarem suas cirurgias é o combustível para seguir em frente sabendo que a batalha diária é árdua. “Com objetivos claros conseguimos avançar fazendo com que nosso hospital possa seguir atendendo a comunidade canguçuense e da região”, garante. Ela aproveitou a presença de autoridades estaduais no HCC e lembrou que o ambulatório de traumato-ortopedia é um sonho possível de realizar de média complexidade, que está pronto e depende de suporte financeiro, e habilitação para começar o atendimento. “É tão necessário a inúmeros pacientes que aguardam na fila. Investimos na aquisição de outros equipamentos e instrumentos necessários para a realização desta cirurgia. Também precisamos qualificar outras salas cirúrgicas com equipamentos novos que irão auxiliar nos procedimentos realizados. Vamos seguir realizando projetos, buscando parcerias para seguir avançando”, relata.

A Secretária Estadual de Saúde em exercício Ana Costa, lembrou que o hospital no início do Governo Estadual recebia pouco mais de R$ 1 milhão passou a receber R$ 3 milhões anuais com os programas Avançar e Assistir na Saúde. “Isto é justo, pois quem presta o serviço para a população precisa ser remunerado. O Avançar trás a traumatologia, que precisa de ampliação, que ocorre graças as reformas, aos deputados e as decisões do governador”, enfatiza.

O Prefeito de Canguçu, Marcos Vinícius Pegoraro lembrou que atualmente o HCC vive outro momento. “Em 2018 tivemos que tomar a decisão de fazer uma intervenção, assumir a gestão da administração do hospital, pois tínhamos em uma situação de fechamento de serviços na instituição”, destaca. Ele afirma que o município apesar de não ser sua responsabilidade fez um aporte importante de recursos municipais na instituição. “Deveriamos estar aplicando este dinheiro em outras demandas da nossa comunidade e principalmente na atenção básica, mas não poderíamos deixar de olhar para o hospital e ver a relevância que ele tem para a nossa comunidade e foi isso que fizemos”, confirma. Para o prefeito, o hospital tem potencialidade para sonhar com o serviço de traumatologia, mas é necessário a cobertura financeira. “Precisamos que o governo do Estado siga o caminho. O hospital tá se reestruturando, pensando no futuro, quem sabe em um bloco cirúrgico que possa atender traumatologia”, relata.

O governador Eduardo Leite afirma que governa para os gaúchos que vivem nas cidades, então trabalhar com os prefeitos é uma necessidade para realizar entregas. “Quando tomamos decisão é com olhar técnico, o que é o justo, o correto. A distribuição de recursos no Estado não tinha critério técnico, nada que pudesse explicar, porque determinados hospitais da região metropolitana recebiam R$ 40 milhões por ano, por exemplo e outros hospitais com produção semelhante recebendo R$ 2 milhões, R$ 3 milhões”, compara.

Leite recorda que quando resolveu mexer nisso, quem perdeu reclamou. “Criamos critérios técnicos, estabelecemos unidades de internação para cada um dos ambulatórios, porta aberta, maternidade. Quando aplicamos estes critérios a maior parte dos hospitais do Estado ganham e alguns hospitais tiveram seu recurso reduzido. Tinhamos convicção que era justo”, garante. Ele afirma que o governo do Estado apoia quem perdeu alternativas sempre com base na prestação de serviço. “Tem que produzir. Vai prestar os serviço vamos achar um caminho para viabilizar os recursos. Ter olhar do interior é importante para que possamos buscar correções de rumo. Sempre recebi as demandas do interior, sensibilidade e carinho não me falta e sim dinheiro”, observou.

O HCC é uma instituição filantrópica fundada em 1948 por uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. O hospital é referência para os municípios de Morro Redondo, Piratini e Santana da Boa Vista, totalizando cerca de 39 mil pessoas. O hospital possui serviços de média complexidade e conta com UTI Adulto, que atende à Central de Leitos do Estado. São 110 leitos, dos quais 86 são exclusivamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).