IBGE revela que 16% das residências brasileiras tem apenas um morador

IBGE revela que 16% das residências brasileiras tem apenas um morador

Chamados domicílios unipessoais cresceram 3,7 pontos percentuais em dez anos e estão mais presentes na vida da população com idade entre 30 a 59 anos

R7

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O Brasil tem 15,9% de seus domicílios habitados por apenas um morador. O percentual, referente a 2022, representa um salto de 3,7 pontos percentuais em relação a 2012, quando os chamados lares unipessoais representavam 12,2% do total.

Os dados fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo a análise por sexo, as mulheres correspondiam a 44,6% do total de pessoas que moram sozinhas, enquanto 55,4% são homens. Na região Sul, as mulheres estavam presentes em quase metade dos arranjos unipessoais (49,3%), ao passo que, na Região Norte, esse percentual era 34,7%.

Na observação por faixa etária da população em arranjos unipessoais, 12,3% tinham 15 a 29 anos; 45,9% situavam-se na faixa de 30 a 59 anos; e 41,8% eram pessoas de 60 anos ou mais. Há marcantes diferenças entre homens e mulheres que moravam sozinhos quanto ao perfil etário.

Entre os homens, 55,9% daqueles que vivem sozinhos têm entre 30 a 59 anos, seguidos pelos com 60 anos ou mais (29,2%). Já entre as mulheres, a maioria encontra-se na faixa de 60 anos ou mais de idade (57,5%).

Demais arranjos

De acordo com a pesquisa, o arranjo domiciliar mais frequente no Brasil é o nuclear, composto por um único núcleo formado pelo casal, com ou sem filhos ou enteados. São também nucleares as unidades domésticas compostas por mãe com filhos ou pai com filhos, as chamadas monoparentais.

Em 2022, as unidades domésticas com arranjo nuclear corresponderam a 66,3% do total, percentual esse inferior ao verificado em 2012 (68,3%). Em 2017, ano intermediário da série, o percentual de arranjos nucleares situava-se em 67,8%. 

Entre as demais formas de arranjo domiciliar, a unidade estendida, constituída pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadra em um dos tipos descritos como nuclear, correspondia a 16,5% em 2022, o que representa uma redução de 1,4 ponto percentual em relação a 2012.

As unidades domésticas compostas, ou seja, aquelas constituídas pela pessoa responsável, com ou sem parente(s), e com pelo menos uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado(a), pensionista, convivente, empregado(a) doméstico(a) ou parente do empregado(a) doméstico(a), representavam 1,4% do total de domicílios ocupados.

 


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