IGP encaminha laudo técnico sobre queda da ponte em Torres

IGP encaminha laudo técnico sobre queda da ponte em Torres

Perícia concluiu análise sobre as causas do acidente da ponte pênsil sobre o rio Mampituba

Felipe Samuel

Ponte Pênsil teve queda parcial na madrugada desta segunda-feira

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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu as análises sobre as causas do acidente com a ponte pênsil sobre o rio Mampituba, entre Torres, no Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, na madrugada de 20 fevereiro. Dois meses após o incidente que causou a morte do jovem Brian Grandi, de 20 anos, o IGP entregou na terça-feira o laudo à Polícia Civil. Em avaliação preliminar, o IGP já havia apontado que um dos fatores preponderantes para a ocorrência do acidente foi o nível de corrosão dos cabos de aço que compõem a ponte.

A Policia Civil gaúcha ainda não se manifestou. Em Santa Catarina, as investigações sobre o caso avançaram e devem ser concluídas em maio. O delegado André Gazzoni Coltro, titular da Polícia Civil de Santa Rosa do Sul, afirma que mais de 60 pessoas já foram ouvidas durante o inquérito. Conforme Coltro, a polícia científica de Santa Catarina entregou o laudo técnico há duas semanas. “São dois inquéritos, um da PC de Torres e outro da PC de SC, que é presidido por mim. Faltam 11 pessoas para serem ouvidas. A ideia é concluir o inquérito e encaminhar o relatório até a primeira quinzena de maio”, explica.

Coltro afirma que o inquérito é longo e exige tempo para conclusão, uma vez que a polícia identificou e ouviu pessoas que estavam fora da ponte no momento da queda, representantes da prefeitura de Passo de Torres, entre outros. “O inquérito de Santa Catarina já tem quatro volumes e o relatório demanda tempo”, observa. “É um caso de grande repercussão e grande gravidade. Foi uma tragédia que poderia ter sido bem maior. Por isso é preciso ter cuidado na coleta da prova e da análise”, afirma.

 


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