Continua em um impasse e sem decisão tomada a passarela sobre o corredor humanitário, acima da rua da Conceição, no Centro Histórico de Porto Alegre, informou a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). Desativada, a estrutura até é monitorada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Brigada Militar, pelo risco de acesso a ela.
A passarela está ainda hoje parcialmente demolida desde as enchentes de 2024, e foi retirada devido à própria necessidade de veículos humanitários circularem pelo caminho então emergencial, e hoje definitivo. Enquanto isso, o que sobrou da estrutura continua parado no tempo, eventualmente servindo de abrigo para pessoas em situação de rua, e gerando preocupação para pedestres locais que circulam pelo entorno da Estação Rodoviária.
No começo deste ano, a pasta já havia removido os guarda-corpos que protegiam as laterais da estrutura, a fim de inibir o trânsito indevido de pessoas. No lugar da passarela, a passagem entre este lado e o entorno da rua Júlio de Castilhos é feito em grande parte pela superfície, já que a Prefeitura instalou caminhos por onde pessoas a pé podem transitar.
Passarela da Rodoviária demolida
Há alguns meses, no início das obras de requalificação do corredor humanitário, o prefeito Sebastião Melo havia informado que havia dois projetos pensados para a passarela, e que a mesma deveria ser uma estrutura icônica, com intenção de dar uma nova cara para uma das mais importantes entradas da cidade. No entanto, de oficial, não houve nenhum avanço até o momento. Certo é que, segundo a Smoi, a nova passarela deverá ter altura e inclinação “adequadas do ponto de vista da acessibilidade”.
Em setembro, o titular da Smoi, André Flores, disse que o início da obra depende de uma licitação, contratação de uma empresa para execução e outros fatores legais, mas que o começo dos trabalhos não está confirmado para este ano, justificando que a tarefa “não é tão simples”, dependendo de uma série de processos internos do projeto que precisavam ser ainda finalizados. A discussão se concentra também em questões como segurança, iluminação e altura da nova estrutura.