Impasse em plano de saúde complica negociação entre rodoviários e representantes de empresas de ônibus de Porto Alegre

Impasse em plano de saúde complica negociação entre rodoviários e representantes de empresas de ônibus de Porto Alegre

Previsto para esta terça-feira, encontro entre direções dos sindicatos patronal e dos trabalhadores não foi realizado

Cristiano Abreu

Empresas de transporte Público de Porto Alegre e rodoviários em meio a impasse

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Pela terceira vez, o encontro entre representantes das empresas de ônibus de Porto Alegre e dos e trabalhadores para negociação do dissídio coletivo foi cancelado. O percentual de correção dos salários e valores dos planos de saúde emperram a celebração de um acordo.

Sem dar detalhes, o advogado do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), Alceu Machado, afirma que o impasse mais significativo recai sobre o plano de saúde, ao passo em que a categoria pede o congelamento do valor cobrado dos trabalhadores a título de coparticipação em exames e consultas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) os valores estão prestes a sofrerem reajuste.

Além de reajuste salarial e aumento do valor pago aos motoristas que realizam a cobrança das passagens após a retirada dos cobradores, os rodoviários pedem melhorias em benefícios como alimentação, refeição e alteração no plano de saúde. A entidade que representa a categoria alega que as empresas de transporte da Capital oferecem apenas a reposição da inflação de 2023 pelo INPC.

Desencontros

No mês de dezembro, duas reuniões de negociações agendadas acabaram canceladas após desentendimento entre as entidades. De acordo com a direção do Stetpoa, uma assembleia marcada para a última sexta-feira com trabalhadores de empresas de ônibus da Zona Norte foi cancelada, uma vez que a entidade patronal não apresentou proposta às reivindicações da categoria.

Reivindicações

Entre as demandas dos rodoviários estão também o reajuste no tíquete-alimentação, que segundo o Stetpoa é 15% menor do que é ofertado aos rodoviários por empresas de transporte da região metropolitana, e aumento real de salário, o que não ocorre há três anos. Sobre o acréscimo no valor para aos motoristas por realizarem a cobrança das passagens, o presidente da entidade destaca que o trabalhador da Capital recebe R$ 10 pela função, enquanto as empresas vinculadas à Metroplan pagam R$ 23.


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