Inadimplência do estacionamento rotativo chega a R$ 1,4 milhão em Santa Cruz do Sul
O passivo acumulado em dois anos é referente a 700 mil advertências não pagas
publicidade
O estacionamento rotativo pago em Santa Cruz do Sul acumulou entre junho de 2016 a dezembro de 2018 um passivo de R$ 1,4 milhão referente a 700 mil advertências não pagas. A inadimplência média mensal é de 27%, o que significa que de cada 100 carros estacionados nas 47 quadras da área azul, 27 saem sem pagar pelo uso do espaço. O presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), Guido Hermes, afirma que o valor acumulado gira entre R$ 500 mil e R$ 600 mil por ano.
Hermes explica que é necessário conscientização dos usuários para que paguem pelo estacionamento e destaca que os órgãos de segurança pública receberiam mais investimentos e melhorias se esse valor entrasse em caixa. “Seria bom se todos colaborassem, pois esse dinheiro não fica com o Rapidinho. Ele paga salários e é aplicado em melhorias para a comunidade.” O gerenciamento do Rapidinho, como é conhecido o estacionamento rotativo, comporta a cobrança de multas, no sistema de gabinete, quando uma foto da placa serve para confirmar a infração. No entanto, para isso é necessário haver a regulamentação da multa por parte do município.
Conforme o secretário municipal de Transportes e Serviços Urbanos, Gérson Vargas, a fiscalização dos agentes de trânsito é uma das ferramentas disponíveis hoje para evitar o não-pagamento do Rapidinho. “Porém, isso não resolve. Prova disso é o crescimento na inadimplência do estacionamento.” Vargas informou que o município não descarta a implementação de multas. No entanto, essa discussão terá que passar pelo Conselho Municipal de Trânsito (Comtran) e também pelo Consepro. “Nós queremos que seja bom para o cidadão e também para o usuário do estacionamento rotativo pago, que mantém em dia o pagamento”, explica.
