Instituto de Cardiologia alega que parte dos funcionários não quer voltar ao trabalho
Hospital negocia com os sindicatos que representam os 223 profissionais demitidos em novembro
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Segue o imbróglio envolvendo o possível retorno dos 223 profissionais desligados pela Fundação Universitária de Cardiologia – Instituto de Cardiologia (FUC) entre os dias 16 e 17 de novembro. Depois da Justiça do Trabalho determinar a reintegração dos funcionários e a decisão ser mantida no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), a grande maioria dos colaboradores sequer se reapresentaram para suas funções, conforme o próprio Instituto de Cardiologia.
A ação para reintegração dos profissionais foi movida pelo SindiSaúde-RS e pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul (SERGS). Ainda de acordo com a FUC, a administração do grupo segue em negociação com os sindicatos, com reunião marcada para a tarde de quinta-feira, enquanto discute judicialmente as decisões da Justiça do Trabalho e do TRT4.
A instituição afirma que grande parte dos profissionais não quer voltar e que, para estes casos, a solução é uma negociação financeira, e não a reintegração dos funcionários. Desde a demissão coletiva, o Instituto de Cardiologia já entrou com pedido de recuperação judicial, em função de um passivo de R$ 233.741.655,19 acumulado ao longo dos últimos anos, e recebeu aporte de R$ 15 milhões do Governo Federal.