Instituto de Cardiologia alega que parte dos funcionários não quer voltar ao trabalho

Instituto de Cardiologia alega que parte dos funcionários não quer voltar ao trabalho

Hospital negocia com os sindicatos que representam os 223 profissionais demitidos em novembro

Rodrigo Thiel

Ambas as pacientes estavam internadas no Instituto de Cardiologia

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Segue o imbróglio envolvendo o possível retorno dos 223 profissionais desligados pela Fundação Universitária de Cardiologia – Instituto de Cardiologia (FUC) entre os dias 16 e 17 de novembro. Depois da Justiça do Trabalho determinar a reintegração dos funcionários e a decisão ser mantida no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), a grande maioria dos colaboradores sequer se reapresentaram para suas funções, conforme o próprio Instituto de Cardiologia.

A ação para reintegração dos profissionais foi movida pelo SindiSaúde-RS e pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul (SERGS). Ainda de acordo com a FUC, a administração do grupo segue em negociação com os sindicatos, com reunião marcada para a tarde de quinta-feira, enquanto discute judicialmente as decisões da Justiça do Trabalho e do TRT4. 

A instituição afirma que grande parte dos profissionais não quer voltar e que, para estes casos, a solução é uma negociação financeira, e não a reintegração dos funcionários. Desde a demissão coletiva, o Instituto de Cardiologia já entrou com pedido de recuperação judicial, em função de um passivo de R$ 233.741.655,19 acumulado ao longo dos últimos anos, e recebeu aporte de R$ 15 milhões do Governo Federal. 


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