Interdição da ciclovia da avenida Ipiranga completa 208 dias
Construída sobre as margens do Arroio Dilúvio, a via de 9,4 quilômetros sofre desde a sua inauguração, em 2020, com a erosão dos taludes que sustentam a Ipiranga
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O bloqueio da Ciclovia da avenida Ipiranga, após diversos trechos desmoronarem em decorrência de temporais que atingiram Porto Alegre em setembro do ano passado, completa 208 dias nesta segunda-feira. Desde então, quem utiliza a pista exclusiva enfrenta dificuldades de locomoção e convive com a dúvida sobre quando a estrutura será recuperada, porém não há resposta a curto prazo.
Construída sobre as margens do Arroio Dilúvio, a ciclovia de 9,4 quilômetros sofre desde a sua inauguração, em 2020, com a erosão dos taludes que sustentam a Ipiranga. Os desmoronamentos forçaram a interrupção do trajeto de forma permanente em seis pontos. Desde então, o município opera um protocolo de segurança que impõe o fechamento de toda a extensão da ciclofaixa sempre que um alerta climático é emitido pela Defesa Civil.
Em janeiro deste ano, um trecho de dois quilômetros entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e João Pessoa foi reaberto. Na ocasião, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) recebeu relatório sobre a infraestrutura dos taludes de ambos os lados da avenida Ipiranga. De lá para cá, o Dmae concluiu apenas a recuperação do talude em frente ao Parque Esportivo da PUC, próximo da Cristiano Fischer.
Trecho da Ipiranga com Silva Só permanece interditado
| Foto: Ricardo Giusti
No início do ano, o Dmae afirmou que a reconstrução dos trechos próximos do Planetário e da avenida Silva Só estavam em fase de projeto, e que o passo seguinte seria a abertura de licitação para contratação de empresa para a execução da obra. Três meses após, não há prazo definido para que soluções sejam apresentadas e tampouco colocadas em prática, conforme informou a assessoria de comunicação do departamento.
Histórico
Uma das principais obras de mobilidade de Porto Alegre, a ciclovia da avenida Ipiranga levou quase uma década para ficar pronta. A construção iniciou em 2011, como contrapartida de empreendimentos privados na cidade, e teve custo estimado à época na casa dos R$ 5,5 milhões. Desde a inauguração, em 2020, a estrutura soma apenas três anos de utilização.
