Inverno inicia nesta quarta sob influencia do El Niño
Fenômeno deve aumentar o risco de episódios de chuva excessiva
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O frio intenso já chegou há algumas semanas no Rio Grande do Sul, mas o inverno começa oficialmente nesta quarta-feira, às 11h58min, e será o primeiro sob o fenômeno El Niño nesta década. O evento altera o padrão de circulação geral da atmosfera em escala global e terá impacto no clima do Brasil na estação. A tendência é que o Oceano Pacífico Equatorial aqueça mais no decorrer da estação e que o El Niño se fortaleça. De acordo com a MetSul, o fenômeno deve ter seu pico de intensidade no último trimestre deste ano, entre a primavera e o verão. Assim, marcará o segundo semestre, quando os seus efeitos devem começar a ser sentidos com maior força.
Mesmo durante o inverno, são normais dias com calor em qualquer mês, especialmente durante agosto e setembro, e neste ano não será diferente. A transição de períodos amenos ou quentes para frios pode se dar bruscamente, com alto risco de tempo severo na forma de temporais.
Agosto e setembro, quando se espera maior incidência de ar quente, tendem a ser os meses de maior risco de temporais e episódios de tempo severo. Sob intensos ciclones, acompanhando massas de ar frio de maior intensidade, o vento pode ser muito forte no Estado, com rajadas perto ou acima de 100 km/h no Sul e no Leste gaúcho, que proporcionam ainda grandes ressacas marítimas no litoral.
O inverno é o período mais chuvoso do ano no Rio Grande do Sul, junto com a primavera. Com a presença do El Niño, a tendência é que a estação tenha aumento da frequência de chuvas, principalmente em sua segunda metade. Conforme a MetSul, é muito provável que o trimestre de inverno termine com chuva acima da média na maior parte do Sul do país.
Em relação à temperatura, a MetSul projeta um inverno sem frio forte e persistente. Em anos de El Niño, episódios de frio muito forte não deixam de ocorrer, mas tendem a ser menos numerosos. Sob este fenômeno, a maior chance de neve ocorre em eventos de frio de agosto e começo de setembro. Já a geada ocorrerá em maior número de dias de junho e julho, mesmo com incursões de ar frio mais fracas, e será mais ampla na presença de massas de ar polar de maior intensidade.