Investigadores do Onco-Genomas Brasil debatem o projeto no Hospital Moinhos, em Porto Alegre

Investigadores do Onco-Genomas Brasil debatem o projeto no Hospital Moinhos, em Porto Alegre

O objetivo específico aborda pontos como otimizar a definição do tratamento e o prognóstico tumorais, além de rastrear pacientes com mutações em genes predisponentes a câncer.

Paula Maia

A médica oncologista do Hospital Moinhos de Vento Daniela Dornelles Rosa é a investigadora principal do projeto

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O Hospital Moinhos de Vento recebeu os investigadores do Projeto Onco-Genomas Brasil para apresentar a relevância do projeto para os pesquisadores, médicos e pacientes participantes além de ressaltar a importância do engajamento de todas as instutuições do estudo. O encontro foi realizado na noite desta terça-feira. 

A médica oncologista do Hospital Moinhos de Vento Daniela Dornelles Rosa é a investigadora principal do projeto. Ela afirmou que essa ação é uma demanda do ministério da Saúde e que o hospital optou por escolher os tumores mais frequentes epidemiologicamente no Brasil e no mundo que são o câncer de mama e o de próstata. “A ideia foi avaliar esses tumores do ponto epidemiologioco e do ponto de vista genômico. E as alterações germinativas, que são hereditárias, também serão mapeadas através de sequenciamento de última geração. O principal parceiro nesse projeto é o Hospital Israelita Albert Einstein”, explicou.

O objetivo específico aborda pontos como otimizar a definição do tratamento e o prognóstico tumorais, além de rastrear pacientes com mutações em genes predisponentes a câncer. Um dos diferenciais do projeto é ter médicos geneticistas envolvidos que vão fazer a orientação dos médicos dos pacientes.

O projeto está dividido por eixos. O eixo 1 trata de 300 pacientes com câncer de mama, atendidos pelo SUS e serão avaliados depois para verificar o tratamento que tiveram pré-operatório. O eixo 2 comporta 250 pacientes com câncer de próstata. Será realizada a coleta prospectiva de dados clínicos. Daniela explica que o estudo vai coletar amostras, mas vai seguir o tratamento que está sendo realizado pelos SUS. “Não é uma sugestão de novos tratamentos. Queremos entender como esses tumores se comportam e a resposta desses tumores aos tratamentos.

Marina Bessel é a líder operacional do projeto e afirmou que o encontro proporcionou uma troca de experiências entre pesquisadores. “Queremos mostrar aos pesquisadores a importância do papel deles na pesquisa, os resultados que eles estão produzindo e também como cada participante contribui para aprimorar a saúde pública do país”, declarou.


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