Itaqui amarga perdas com a estiagem em diversos segmentos agropastoril

Com a situação de emergência decretada há uma semana por conta da estiagem, o município de Itaqui convive com as perdas causadas pela seca. A estimativa aponta para uma queda de 80% a 95% na produção média de 1,3 mil quilos de matéria seca por hectare.

Na bovinocultura de corte há a diminuição gradativa do peso corporal, principalmente de terneiros. A perda de peso dos terneiros, matrizes e animais para comercialização oscila em torno de 20% na última quinzena. Estima-se ainda, uma redução de 40% da capacidade reprodutiva das 4 mil matrizes dos pecuaristas familiares, deixando de produzir ao menos 2 mil terneiros. Na bovinocultura leiteira a estimativa é a diminuição de cerca de 50% da produção média que é de 2,5 mil litros diários. 

A olericultura – melão com a produção estimada em 120 mil quilos deverá sofrer uma queda de 70%, produzindo 36 mil kg, um prejuízo de R$ 294 mil. A melancia, de uma produção de 450 mil quilos, também deverá anotar perdas de 70%, representando R$ 576 mil. Os produtores tiveram um prejuízo com a perda média de 80% na produção de frutas e raízes. 

O milho sequeiro sofreu uma redução de 65% de produtividade com prejuízos de R$ 11,8 milhões. Os produtores estão cortando as canas para elaboração de silagem. A soja contava com expectativa de 17.750 ha de área semeada e a estiagem produzirá uma redução estimada de 65% da produtividade de 28 sacas por hectare. O prejuízo estimado supera a marca dos R$ 73 milhões, com as perdas totais chegando a R$ 92,8 milhões. Cerca de 60 famílias estão com dificuldade de acesso à água potável. As localidades mais impactadas são a do Itaó, Curuçu e Passo da Cachoeira. Na orizicultura dos 54.179 hectares semeados – sem irrigação, perdas estimadas em 5% e nas irrigadas 19%, o que representa um prejuízo de R$ 83,5 milhões.