Cidades

Jovens aprendizes de programa do RS irão compartilhar experiências de enfrentamento à enchente na Espanha

Cinco jovens representarão integrantes do programa Partiu Futuro Reconstrução em Barcelona e Valência, com relatos de experiências e encontros com conselheiros e agentes políticos

Apresentação de jovens do Partiu Futuro Reconstrução, de Porto Alegre e Canoas, que participarão de missão internacional para a Espanha
Apresentação de jovens do Partiu Futuro Reconstrução, de Porto Alegre e Canoas, que participarão de missão internacional para a Espanha Foto : Pedro Piegas

Entre os dias 20 e 28 de outubro deste ano, as histórias e experiências de enfrentamento das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado chegarão até a Espanha. A responsabilidade de contá-las será de cinco jovens gaúchos – Evelin, Lukas, Nyara, Victoria, Mônica e Vitor – que viajarão a Barcelona e Valência por meio do programa Partiu Futuro Reconstrução, do governo do Estado. Os detalhes da viagem foram apresentados nesta quarta-feira pelo vice-governador Gabriel Souza e pelo secretário estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), Beto Fantinel, em coletiva de imprensa na sala da Procergs.

Os cinco jovens representarão os demais integrantes do programa que foram impactados pelas enchentes do estado. Durante os oito dias, participarão de workshops, de visitas de campo a áreas afetadas por desastres e de encontros com conselheiros e agentes políticos, ouvindo de instituições locais práticas inovadoras em clima, juventude e políticas públicas, com reflexões sobre como inspirar e influenciar soluções para o Rio Grande do Sul. A promoção do intercâmbio é da entidade qualificadora Renapsi, que conduz a capacitação de 750 estudantes em Porto Alegre e Canoas, por meio da tecnologia social Demà Aprendiz.

Os selecionados para o intercâmbio são Evelin Staczak de Oliveira, Lukas Scheibler Kalkman e Nyara Victoria Prudencio Romero, de Porto Alegre, e Mônica Letícia da Rosa Schmidt e Vitor Eduardo Moraes dos Santos, de Canoas. O programa de empregabilidade jovem Partiu Futuro Reconstrução, promovido pela Sedes, contratou 1.500 jovens aprendizes de baixa renda de 20 cidades do estado atingidas pela enchente, sendo matriculados ou egressos da rede pública de ensino e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). O programa terá uma segunda edição, com a previsão de contratação de 2.785 jovens.

O vice-governador Gabriel Souza lembrou que o programa faz parte de uma lei federal existente desde 2001, e que apenas agora o Estado está utilizando para contratar jovens e que são contratados por carteira de trabalho. À época deputado estadual, ele foi proponente da lei aprovada em 2015 na Assembleia Legislativa que implementou o Plano Estadual de Juventude, que continha, entre as ações, um programa estadual de aprendizagem para jovens aprendizes.

"Espero que esse programa que implementamos seja um programa que fique. A gente espera que no futuro, nos próximos períodos, nós continuemos e, quem sabe, avancemos para mais jovens, no sentido de ter cada vez mais qualificação profissional, experimentação do mercado de trabalho, inserção do primeiro emprego e assim por diante", disse.

O secretário Beto Fantinel ressaltou a importância da missão internacional para levar os relatos dos jovens a outros países, e destacou o programa como oportunidade de acesso ao mercado de trabalho e à ocupação de espaços com protagonismo na qualificação profissional. "Esses jovens recebem uma série de benefícios, carteira de trabalho assinada experiência, uma degustação do mundo do trabalho e muitos deles rompem uma uma falta de acesso ao mercado de trabalho que as suas famílias, até então, muitos não tinham conseguido, se conectar com o mercado de trabalho, com uma vaga de emprego e assume um protagonismo na transformação social da realidade, das comunidades, das suas famílias e do rumo das suas vidas", afirmou o secretário.

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Como embaixadores, a proposta do intercâmbio, para Vinicius Ribeiro, diretor da Demà, é que a juventude seja uma "nova voz" da justiça climática no estado para representar o que as cidades precisam. "O Partiu Futuro representa a transformação desses jovens. Jovens em vulnerabilidade, jovens com problemas seríssimos de infraestrutura que muita gente viveu. Ano passado a gente abriu esse programa, e um ano depois vamos fechar esse primeiro ciclo, trazendo a esses jovens uma nova ideia do que é a justiça climática, da solidariedade, e entender que as novas lideranças climáticas do estado serão feitas a partir desse nível de experiência", afirmou.