Laboratório da Ufrgs deve entregar hoje plano de trabalho para laudo da Plataforma de Atlântida

Laboratório da Ufrgs deve entregar hoje plano de trabalho para laudo da Plataforma de Atlântida

Local de pesca em Atlântida desabou no último dia 15 e MPF, prefeitura de Xangri-Lá e outras entidades buscam uma solução para o problema

Correio do Povo

Laudo que será feito pelo LEME da Ufrgs definirá o que será feito com a plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá

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O Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) deve entregar ainda nesta quarta-feira o plano de trabalho para a execução do laudo técnico da situação atual da Plataforma de Atlântida. A definição do período de tempo para a formalização do planejamento para o estudo de como será o futuro do píer na praia de Xangri-Lá foi definido em reunião ocorrida na última segunda-feira e que teve a presença do procurador-geral do município, Thiago Vargas Serra, do procurador do município, Bruno Alberto Machado, e representantes do LEME, na sede da Advocacia-Geral da União.

A entrega do plano de trabalho marcará o início da fase de contratação/convênio. De acordo com nota divulgada pela prefeitura de Xangri-Lá, "Simultaneamente, a Prefeitura e a AGU formalizarão o documento que permitirá ao Município contratar o laudo referente ao patrimônio pertencente à União. A Prefeitura de Xangri-Lá reitera o seu compromisso em buscar a melhor solução para a Plataforma Marítima de Atlântida", termina o informativo assinado pelo prefeito Celso Bassani Barbosa.

Parte da plataforma cedeu após o telhado do restaurante cair sobre o passeio do acesso principal que acabou desabando na madrugada do dia 15. A estrutura já havia perdido o braço Sul em 1997, mesmo com os esforços da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), que administra o local desde a década de 90, para manter o local com boa conservação.

Com um custo orçado em R$ 5 milhões, a Asuplama buscou formas para fazer uma reforma completa, mas não conseguiu levantar a totalidade do valor. Com o que foi captado, a associação iniciou um processo de reforma das partes mais urgentes.

Mas, de acordo com a Asuplama, no início de outubro, algumas fissuras começaram aparecer na estrutura da plataforma, todas no entorno do restaurante, razão que ensejou um acompanhamento diário e cuidadoso desses locais por parte da associação. No dia 3, como aumento das fissuras, a entidade programou uma vistoria técnica de engenharia para o dia 6 e decidiu pela interdição parcial da plataforma.

Após a vistoria, houve a recomendação do engenheiro responsável que a vistoria fosse mais específica, com a abertura de um alçapão na frente da iscaria e a sua descida em equipamento especial para uma avaliação mais precisa. O alçapão foi feito, os equipamentos de segurança foram trasladados de Porto Alegre e instalados no local recomendado. Dia 11 de outubro o engenheiro responsável desceu em uma gaiola especial, vistoriou e inspecionou a área embaixo do restaurante, diagnosticando que a situação era grave e séria e, que, “tentaria”, emergencialmente, com trabalho diuturno de sua equipe, salvar a plataforma.

Porém, na noite de 13 de outubro, com o agravamento da situação, a Asuplama mudou o status da interdição parcial para interdição total da plataforma. Na madrugada do dia 15, o telhado do restaurante desabou e levou parte do passeio de entrada da estrutura. Desde então, as partes buscam uma solução para a plataforma. 


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895