Lar Temporário em Rio Grande está com vagas quase esgotadas

Lar temporário de Rio Grande tem apenas mais uma vaga para animais vítimas de maus tratos

Local, destinado ao acolhimento de 37 cães ou gatos, possui 36 vagas ocupadas

Angélica Silveira

Polícia descobriu dois cachorros vítimas de maus-tratos enquanto cumpria mandado de busca e apreensão no bairro Castelo Branco

publicidade

A situação dos cães e gatos vítimas de maus tratos em Rio Grande, no sul do Estado está preocupante. Neste ano, estas situações passaram para os órgãos de segurança, que são responsáveis pela investigação. Com isto aumentou o número de animais vítimas desta situação no sul do Estado. “Deu um impacto na punição e passamos a receber mais animais do que antes”, relata o Secretário Municipal da Causa Animal, Anderson Santos.

Um dos casos ocorreu nesta semana, quando a polícia chegou a uma casa no Bairro Castelo Branco para realizar uma busca e apreensão, e encontrou dois cachorros que não eram objetos da ação, mas eram vítimas de maus tratos. O responsável que já ia preso pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e receptação, também irá responder por maus-tratos. Conforme o Secretário este foi o segundo caso no mês onde também se descobriu o crime de maus tratos. A investigação tratava de roubo, violência doméstica e ameaça. “O problema é que temos 36 das 37 vagas no lar temporário ocupadas. Foram licitadas 50, mas como há um decreto que manda reduzir em 30% as despesas, neste caso as vagas também foram reduzidas”, explica.

No meio deste ano, a Prefeitura de Rio Grande realizou uma campanha para a adoção de animais, e cinco ganharam um novo lar. Quem quiser adotar um dos 36 cachorros que estão no lar temporário pode procurar a sede da Secretaria, localizada na rua Vice Almirante Abreu, 739. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min, ou enviar um e-mail para o endereço: adotei@riogrande.rs.gov.br “Iremos fazer uma avaliação com o candidato a tutor. Após iremos verificar com ele o tipo de temperamento para indicar um ou outro cachorro. Temos sete pitbulls que não se relacionam bem com outros animais, então não são indicados para quem já possui um animal doméstico”, exemplifica.

O Secretário destaca que caso todas as vagas do abrigo sejam ocupadas, os órgãos de segurança serão avisados. “Não teremos como atender a demanda deles. Temos muitos que falam do nosso trabalho, mas não mandam recurso para custear estes animais, então não terá o que fazer”, finaliza.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895