Lei eleitoral cria impasse sobre sucessão em Viamão após a morte do prefeito

Lei eleitoral cria impasse sobre sucessão em Viamão após a morte do prefeito

Parlamentar que assumir o posto fica impedido de disputar eleições proporcionais

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Câmara Municipal convocou uma reunião para discutir quem vai ocupar o cargo de prefeito de Viamão

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Em função da morte do prefeito em exercício de Viamão, Valdir Jorge Elias (MDB), conhecido como Russinho, vítima da Covid-19 nesta quarta-feira, a Câmara Municipal convocou uma reunião para discutir quem vai ocupar o cargo, seguindo a linha sucessória.

A Mesa Diretora convocou encontro para as 18h após o presidente e o vice da Casa terem levantado a possibilidade de não assumir o posto. Russinho se elegeu vice-prefeito em 2016, mas assumiu a administração municipal em fevereiro deste ano após o afastamento temporário do prefeito André Pacheco (sem partido), após a Justiça ter apontado suspeita de envolvimento em um esquema de fraude.

Hoje, o presidente da Câmara de Viamão, vereador Dilamar de Jesus (PSB), passou por exames para o coronavírus. Da mesma forma, o vice, Xandão Gomes (PRB), está ausente por ter apresentado sintomas da doença. A lei eleitoral estabelece que, se algum vereador assumir o posto de prefeito, fica impedido de concorrer à reeleição na Câmara, restando apenas a possibilidade de disputar a prefeitura.

Dilamar e Xandão já externaram que podem abrir mão do posto alegando problemas de saúde ou particulares, vislumbrando a reeleição para o Legislativo. Com o impasse, o terceiro nome na linha sucessória é o do primeiro secretário-geral da Câmara, vereador Evandro Rodrigues (Democratas), que já se colocou a disposição para comandar a prefeitura. A Câmara pretende empossar o novo prefeito às 8h desta quinta-feira.

Primeiro prefeito morto pela Covid no RS

Russinho, de 66 anos, não resistiu ao coronavírus e morreu na manhã desta quarta-feira. Ele ficou uma semana internado no hospital da cidade após ter testado positivo para a Covid-19.

Russinho teve parada cardíaca durante a madrugada e, diante da gravidade do quadro, precisou ser intubado por volta das 5h. O prefeito, contudo, não resistiu. A Famurs lamentou a morte do gestor e informou que o emedebista se tornou o primeiro gaúcho a perder a batalha para a Covid-19.


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