Leite recebe do Sindienergia-RS e Assembleia carta com resultados do Fórum de Energias Renováveis

Leite recebe do Sindienergia-RS e Assembleia carta com resultados do Fórum de Energias Renováveis

Material traz ações a serem feitas pelo governo do estado para fomentar esta matriz econômica

Felipe Faleiro

Governador recebeu documento das mãos de Sari (camisa azul escura)

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O governador Eduardo Leite recebeu nesta sexta-feira, durante reunião na Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre, um documento elaborado pelo Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia-RS) e pela Frente Parlamentar Pró-Energias Renováveis, da Assembleia Legislativa, em apoio ao tema, e com os resultados do Fórum de Energias Renováveis, promovido pelo Correio do Povo no último dia 17. Também foi entregue ao governador a cópia do ofício encaminhada ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, a respeito do tema.

Estiveram no encontro o presidente da frente, o deputado Frederico Antunes, líder do governo Leite, além do também parlamentar Luiz Fernando Mainardi, o presidente do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, e os diretores do sindicato, Telmo Magadan, Pedro Mallmann e Afonso Aguilar. “Estamos organizando as forças públicas, por meio da frente parlamentar, para que possamos superar eventuais obstáculos e tornar o Rio Grande do Sul referência na produção de energia eólica, por exemplo. O RS já foi líder nacional, mas deixou de ter projetos aprovados e viabilizados”, avaliou Mainardi, comentando que o estado tem “muitos projetos em elaboração no segmento”.

Já Antunes afirmou que há potencial para o Rio Grande do Sul deixar de ser importador de energia e passar a ser exportador, por meio da energia renovável. “Também temos a capacidade de aumentarmos a capacidade de geração energética no estado, por meio das fontes hídricas, em um primeiro momento. Há um processo célere nos licenciamentos, porém há um freio, digamos, na falta de disponibilidade de recursos. Precisamos que os mesmos sejam compatíveis com outras regiões do Brasil, como norte e nordeste, para que os investidores tenham atração para cá e possam fazer com que projetos já licenciados saiam do papel”, comentou.

O documento, segundo Sari, cita alguns pontos técnicos de relevância para o grupo, como a necessidade de construir uma fábrica de equipamentos na região sul gaúcha, que tem, ainda conforme ele, um “desequilíbrio muito grande no ponto de vista socioeconômico”, mas, em contraponto, praticamente todos os projetos de energia renovável no estado. “É fundamental criarmos condições para que uma indústria de aerogeradores e outros venha se instalar no estado, gerando centenas de empregos e criando uma nova dinâmica econômica para aquele local”, disse o presidente do Sindienergia-RS.

“Outro ponto que levantamos é que o Rio Grande do Sul tem um papel estratégico nesta transição, pois fica na região sul, não distante do centro de carga, que é o sudeste, com maior concentração de indústrias. Ou seja, o custo de transmissão daqui é menor”, pontuou ele. Leite, por sua vez, após receber o documento, pediu aos presentes que elaborem uma apresentação com o conteúdo do material entregue.


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