Lideranças de Gravataí debatem mudanças climáticas, plano de ação e arborização mais segura

Um debate sobre mudanças climáticas e arborização mais segura, como forma de planejar ações para preparar a cidade de Gravataí à frente dos novos tempos, das instabilidades e de tempestades severas, foi amplamente discutida durante a reunião entre as lideranças que compõem o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) do Município. A discussão tornou-se necessária após diversos eventos climáticos atingirem Gravataí, causando uma série de perdas econômicas, materiais e ambientais. O último deles, em 16 de janeiro, acabou devastando a cidade, danificando casas, carros, deixando centenas de famílias sem energia elétrica e até hoje é possível observar alguns dos estragos. O encontro aconteceu para buscar alternativas diante de futuros episódios.

O prefeito de Gravataí e presidente do Codes, Luiz Zaffalon, alertou que o município precisa estar preparado e com um plano factível, que possa ser colocado em prática no momento oportuno. “Precisamos investir nessa questão. O orçamento público precisa ter uma verba permanente para tratar, por exemplo, do desassoreamento dos arroios para evitar as cheias. Nós, como sociedade, temos que desenvolver um programa de conscientização, pois este problema também é de todos, não é apenas da Prefeitura.”

Neste sentido, com objetivo de trazer alternativas para o plantio de árvores e evitar as quedas da vegetação nas ruas, avenidas e sobre as redes de energia, o secretário de Meio Ambiente, Diego Moraes, enfatizou que é necessária uma mudança prática. De acordo com Diego, é necessária uma mudança prática. O secretário afirma que, ao tratar das mudanças climáticas e do impacto das árvores no município, Gravataí dá um importante passo na questão ambiental.

Um dos pontos levantados é a adoção de medidas preventivas para reduzir os riscos associados à queda da vegetação nas principais vias de acesso e próximas de residências e prédios públicos que trabalhem com serviços essenciais à população. Entre os principais pontos estão; a regulamentação do tema, com alterações legislativas para incentivar o manejo vegetal passível de risco; programa preventivo de poda; educação para prevenção; aplicação de medidas de controle para garantir a segurança da infraestrutura pública e privada.

O gerente de relacionamento com o poder público da RGE Sul Distribuidora Gaúcha de Energia Cristiano Machado Pires falou que, após a tempestade de 16 de janeiro, 125 mil pessoas ficaram sem luz em Gravataí. De acordo com o gerente de relacionamento da RGE Sul, milhares destes casos foram causado por conta da queda de árvores nas redes de energia. “A legislação precisa ser revisitada, para que trate de forma abrangente das devidas realizações e trato com as árvores, mas, claro, dentro das propostas da secretaria, para que faço o manejo e manutenção”, reiterou.