Loja do Bem tira dúvidas sobre doação de órgãos no Shopping Pelotas

Loja do Bem tira dúvidas sobre doação de órgãos no Shopping Pelotas

Somente no Rio Grande do Sul, 3.078 pessoas aguardam na fila de espera

Angélica Silveira

A Loja do Bem está decorada com cartazes lembrando a importância do assunto

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Até o próximo dia 30 todas as pessoas com dúvidas sobre a importância da doação de órgãos e tecidos têm um espaço especial para obter respostas aos seus questionamentos. A Loja do Bem, instalada no Shopping Pelotas, está decorada com cartazes lembrando a importância do assunto. No local também são distribuídos folders explicativos sobre doações. A Loja do Bem fica aberta de segunda a sexta-feira, das 10h às 22h, e aos sábados e domingos das 11h às 22h.

De acordo com a enfermeira da Organização de Procura por Órgãos da Região Sul (Opo5), Viviani Mendonça, grande parte das pessoas ainda tem preconceito. “Elas apenas passam, olham, leem os cartazes e seguem adiante”, relata. A iniciativa faz parte de um projeto que inclui mais de 60 empresas junto com os Clubes Rotarianos de Pelotas, Rotaract Clubs de Pelotas, Interact Clubs de Pelotas e Casa da Amizade de Pelotas.

Viviani lembra das principais dúvidas das pessoas. “Muita gente acredita que após a doação o corpo fica desfigurado, o que não é verdade. Mesmo após a doação é possível realizar um velório de caixão aberto. Outra dúvida é sobre o tempo para a retirada dos órgãos após o consentimento de doação. O processo do sim da família até a entrega do corpo leva em média 24 horas”, esclarece.

Somente no Rio Grande do Sul, 3.078 pessoas estão na fila aguardando um órgão. A maior fila é pela espera de um rim. Até 2019, Dania Borio, de 44 anos, fazia parte desta fila de espera. Ela começou a fazer diálise em 2012. “Desde ai não consegui ter mais vida até o transplante. Só pensava em me recuperar para a próxima sessão de diálise”, lembra. Em 2018 o caso dela passou a ser de urgência. “Em agosto daquele ano fui transplantada e o novo rim funcionou uns dias e tive complicações”, descreve. Após se reestabelecer, seguindo na urgência, no dia 29 de novembro de 2019, Dania foi novamente transplantada. “Desta vez deu certo. É importante que as pessoas conversem com os familiares. Sem a família autorizar não tem como ser doador, mesmo tendo vontade”, enfatiza.


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