Mãe mantém esperança de que o filho esteja vivo: "Quero acreditar que o Brian está em algum lugar"

Mãe mantém esperança de que o filho esteja vivo: "Quero acreditar que o Brian está em algum lugar"

As buscas seguem nas águas do rio que separa a cidade litorânea gaúcha de Passos de Torres, em Santa Catarina

Chico Izidro

Cristiane Santos, mãe de Brian Grandi, acompanha as buscas pelo seu filho

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A mãe de Brian Grandi, o jovem de 20 anos e único desaparecido no acidente da ponte pênsil, no Rio Mampituba, ocorrido no domingo, segue em vigília acompanhada de alguns familiares em uma tenda colocada perto do local do acidente, em Torres. Cristiane dos Santos, 38 anos, acredita que o filho esteja vivo e logo irá para casa. As buscas ao garoto seguem nas águas do rio que separa a cidade litorânea gaúcha de Passos de Torres, em Santa Catarina, sem previsão de encerramento. Conforme o Corpo de Bombeiros Militares e Brigada Militar, os trabalhos são permanentes, 24 horas diretas 

"Eu quero acreditar de que o Brian está em algum lugar, desacordado, desorientado. E espero que logo esteja com a gente" , afirmou ela, mãe ainda de seis filhos, o menor de apenas dois anos de idade. E um dos motivos para que ela não perca o controle. "Tenho um filho de apenas dois anos, que necessita de meus cuidados. E por ela tenho de manter o foco, ficar tranquila. Tenho de cuidar do meu bebê", emocionou-se. 

Cristiane contou que na madrugada do acidente estava monitorando Brian, que inclusive estava usando o celular dela. "Nós temos o grupo da família e o Brian vinha nos contando de seus passos", recordou. "E o celular silenciou bem na hora do acidente", disse ela, ressaltando que Brian não sabia nadar. "A polícia rastreou depois o telefone e constatou que o aparelho estava na ponte na hora do acidente. E amigos viram ele cair na água", lamentou. 

Ela lembrou do filho, dizendo ser ele um ótimo garoto. "Ele é educado e gentil. O Brian é um ótimo filho. E a gente se divertiu muito um dia antes em Torres", recordou. "Meu filho é tão carinhoso, que mesmo ao lado dos amigos fazia questão de que eu estivesse junto, como se fosse um deles", lembrou. 
Cristiane fez questão de agradecer o esforço dos socorristas. "Eles estão fazendo o máximo deles, sendo bastante prestativos. E sempre que reiniciam as buscas, vêm conversar comigo, me tranquilizar, me dar esperanças", agradeceu.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895