Mais de 60 baleias-francas são avistadas em Santa Catarina

Mais de 60 baleias-francas são avistadas em Santa Catarina

Sobrevoo registrou a presença de 26 pares de fêmeas acompanhadas de filhotes e nove adultos sozinhos

Correio do Povo

Sobrevoo registrou a presença de 26 pares de fêmeas acompanhadas de filhotes e nove adultos sozinhos

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O 1º sobrevoo da temporada 2023 do Programa de Monitoramento de Cetáceos registrou 61 baleias francas na costa catarinense neste domingo. A observação aérea percorreu toda a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, desde Florianópolis até Balneário Rincão, no sul catarinense, estendendo-se até Torres, no Rio Grande do Sul. Realizado pela SCPAR Porto de Imbituba, a varredura contou com a participação de equipe de biólogos e oceanógrafos da Acquaplan e do Instituto Australis.

Foi constatada a presença de 26 pares de fêmeas acompanhadas de filhotes (FeFis) e 9 adultos sozinhos (Ad). As cidades com maior número de avistagens foram Jaguaruna (8 Fefis e 3 Ad), Imbituba (9 FeFis), Balneário Rincão (3 FeFis e 2 Ad) e Araranguá (4 Fefis). Também foram observadas baleias em Laguna (4 Ad), Balneário Gaivota (1 FeFi) e Garopaba (1 FeFi), além de alguns golfinhos e toninhas ao longo do sobrevoo.


Para Camila Amorim, oceanógrafa da SCPAR Porto de Imbituba, o sobrevoo realizado neste domingo foi importante pois foram avistadas muitas baleias ao sul da Área de Proteção Ambiental. Conforme Amorim, “pode ser observado que muitas baleias-francas ainda estão vindo para a região mais centro-norte da APA, em um movimento de início de temporada, sendo que o monitoramento reforça o compromisso do Porto de Imbituba em conservar esses animais, fornecendo informações importantes para o acompanhamento e cuidado da espécie”.

A presença desses cetáceos é histórica na região, que serve de berçário para a procriação e cuidados dos novos filhotes. Seu monitoramento traz informações importantes que subsidiam ações de conservação da espécie. O monitoramento aéreo tem o objetivo de fazer a contagem desses mamíferos marinhos, verificar a composição e localização dos grupos e fotografar os indivíduos para posterior identificação. Este reconhecimento é possível pois cada baleia-franca possui calosidades em sua região da cabeça que servem como digitais, permitindo saber se os animais retornam em temporadas seguintes.


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