Mais uma moradora diz abrir protocolos há 30 anos para poda de árvore caída no temporal sobre casa em Porto Alegre

Mais uma moradora diz abrir protocolos há 30 anos para poda de árvore caída no temporal sobre casa em Porto Alegre

Caso foi na rua Tobias Barreto, bairro Partenon, e primeira solicitação foi feito pelo pai dela, já falecido

Felipe Faleiro

Daniela mostra protocolo da década de 90, solicitando o corte da árvore que caiu sobre sua residência

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Uma nova situação de protocolos abertos desde 1993 para a poda de uma árvore e não resolvidos pela Prefeitura, culminando na queda do vegetal sobre parte de uma residência, foi registrada em Porto Alegre. O primeiro caso foi revelado pelo Correio do Povo no último domingo, no bairro Nonoai. Agora, foi na rua Tobias Barreto, bairro Partenon, onde a comerciante Daniela Andrade disse ter perdido as contas de quantas vezes seu pai, hoje falecido, e ela própria, pediram autorização para a poda. Galhos do vegetal caíram junto à grade do vizinho, destruindo a estrutura.

Ao lado, pedaços de outra árvore causaram o mesmo na entrada do aposentado Flávio Dornelles. “Era algo já anunciado. Meu pai pedia para uma solução para a Prefeitura porque ele estava muito preocupado, em função da possibilidade de cair sobre a casa ou sobre uma pessoa. Os moradores passam em dias de chuva e já caíam galhos. É um perigo para todo mundo”, comentou Daniela, dizendo que um biólogo da Prefeitura já havia a alertado, de maneira informal, sobre a chance iminente de queda.

Ela pediu um laudo ao profissional, que a orientou a abrir um protocolo. “Quantos protocolos terei de abrir para que façam algo?”, questionou a comerciante, que, na noite do temporal mais recente, disse ter ouvido estalos na frente de casa. “Você nunca imagina que vai acontecer, porque nunca tinha havido nada assim. Começaram uns estouros muito fortes, tentamos vir pra rua para ver, mas não tínhamos acesso ao pátio, de tantas coisas que caíram. Vimos que na casa do Flávio havia sido muito grande o estrago”, disse Daniela.

Ele, por sua vez, reforçou que a queda dos galhos havia sido uma “tragédia anunciada”. “Está tudo quebrado, e sorte que outra parte caiu para a rua. Agora estou correndo com orçamentos e tudo o mais”, lamentou Dornelles. A cerca elétrica e o portão foram destruídos. “A Prefeitura, na minha opinião, foi ineficiente. Em todo mês de janeiro ocorrem estes temporais e o risco aumenta. No final, ficamos sem ação”, opinou ele. A luz na região retornou na terça-feira.

Hoje, também em Porto Alegre, o INSS informou que a agência Sul, no bairro Cavalhada, na zona Sul, não estava prestando atendimento ao público em razão da falta de energia elétrica na unidade, ainda devido ao temporal do último dia 16. Em nota, a gerência executiva do órgão afirmou que “vem realizando inúmeros protocolos junto à concessionária CEEE Equatorial solicitando medidas urgentes visando à solução dos problemas e o total restabelecimento dos serviços prestados pela agência”. O INSS pediu ainda que os segurados agendem atendimento em outras unidades através da Central 135, de segundas a sábados, das 7h às 22h, ou pelo site ou aplicativo Meu INSS.


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