Manifestação do Cpers cobra setor público pela falta de água e luz

Manifestação do Cpers cobra setor público pela falta de água e luz

Ato concentra integrantes do Cpers, dos movimentos estudantis e lideranças sindicais

Ato concentra integrantes do Cpers, dos movimentos estudantis e lideranças sindicais

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A Frente dos Servidores Públicos e das Centrais Sindicais realizou na tarde desta quarta-feira um protesto contra a falta de energia elétrica e de abastecimento de água em Porto Alegre, além da privatização da CEEE ao Grupo Equatorial. Foi realizada uma caminhada em direção ao paço Municipal e ao Palácio Piratini. A manifestação concentra integrantes do Cpers, dos movimentos estudantis e lideranças sindicais.

Uma das reclamações do Cpers Sindicato é que a privatização da CEEE se refletiu no serviço da CEEE Equatorial que afetou milhares de gaúchos. Outra reclamação do sindicato é a Melo não ter investido em geradores para as estações de tratamento de água do Departamento Municipal de Água e Esgoto.

Nesta quarta-feira, às 12h, o governo do Rio Grande do Sul anunciou que as as empresas de água, luz e telefonia do estado tiveram seus serviços normalizados e que continuam atendendo apenas casos pontuais. No último boletim, divulgado às 12h desta quarta-feira, confirma a normalização dos serviços, com todas as concessionárias e operadoras relatando abastecimento normalizado, exceto a RGE Sul, que ainda atende 1,4 mil pontos sem energia elétrica, representando 0,05% do total de clientes, segundo o governo do Estado.

Em Porto Alegre, 73 das 87 Estações de Bombeamento de Água Tratada (EBATS) foram afetadas pela falta de energia elétrica, enquanto cinco das seis Estações de Tratamento de Água (ETA) também foram atingidas, resultando na privação de água em 73 bairros. Para contornar a situação, a prefeitura mobilizou 32 caminhões-pipa, que atenderam 58 comunidades, hospitais, serviços de saúde e entidades.

Em uma coletiva, o prefeito Melo anunciou no último domingo, no Paço Municipal, a retomada de todas as estações de tratamento e bombeamento de água do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). No entanto, mesmo com esse progresso, cerca de 100 mil pessoas aguardavam o retorno da água às suas residências devido ao processo de restabelecimento em andamento.

Leia a íntegra da convocação

Nesta quarta-feira (24), a sociedade se mobiliza para um grande ato em frente a Piratini, com caminhada até o Paço Municipal.

Após um violento temporal que assolou o Rio Grande do Sul nos últimos dias, os gaúchos(as) se veem em meio à angústia e ao desespero, enfrentando uma semana de escuridão e falta d’água.

Milhares de famílias enfrentam dificuldades significativas devido ao péssimo serviço da CEEE Equatorial, vendida a preço de banana pelo governador Eduardo Leite (PSDB) com aprovação do prefeito Sebastião Melo (MDB). A privatização da empresa se reflete no caos enfrentado pelos cidadãos gaúchos.

Vale destacar que quando era um patrimônio do Estado, no temporal que devastou o RS, em 2016, os gaúchos ficaram três dias sem luz, uma diferença gritante diante da ineficiência da gestão atual, hoje, privatizada.

A crise climática, que se manifesta de maneira devastadora com eventos meteorológicos extremos, torna-se um desafio urgente que exige ação imediata por parte das autoridades e da sociedade. Diante disso, crescem os clamores pela reestatização da CEEE e pela defesa do DMAE como um serviço público essencial. A água, elemento vital para a vida, não deve ser tratada como uma mercadoria sujeita a interesses políticos duvidosos.

Diante do descaso percebido na gestão da crise, a população gaúcha se mobiliza. Movimentos sociais e ativistas convocam para o Ato por Luz, Água e Voz nesta quarta-feira (24), às 18h, em frente ao Palácio Piratini, com caminhada até o Paço Municipal.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895