Manifestações seguem ativas após o feriado junto ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre

Manifestações seguem ativas após o feriado junto ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre

Presentes dizem estar atentos a "possíveis infiltrados" nos protestos

Felipe Faleiro

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Por mais um dia, cerca de 70 manifestantes estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira junto ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre. O caminhão de som que tradicionalmente executa hinos patrióticos também estava presente. Na ocasião, eles comentavam da manifestação do dia anterior, em pleno feriado da Proclamação da República, que reuniu milhares de pessoas vestindo verde e amarelo, em posse de bandeiras do Brasil e placas pedindo o apoio das Forças Armadas contra o que classificam como “fraudes” nas últimas eleições.

Os manifestantes dizem observar “possíveis infiltrados” no protesto que continuava pacífico, porém dizem que estão com pessoas preparadas e observando movimentações anormais no acampamento. Entre as pautas abordadas e ditas pelos presentes, há uma rejeição de “atitudes do Judiciário”, especialmente no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo presidente, ministro Alexandre de Moraes, é visto como um dos maiores desafetos.

Os manifestantes, alguns há duas semanas acampados no local, estavam na manhã de hoje em número bastante inferior ao do ato do último feriado. Eles vêm de vários locais do Estado e reafirmam seu posicionamento de permanecer no local até que haja decisões favoráveis às causas defendidas. Enquanto isso, seguem os bloqueios de vias, controlados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), bem como pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), e, no outro lado de onde os gradis foram montados, por agentes da Polícia do Exército (PE), responsável pela guarda das dependências do CMS, considerada área militar.


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