Manifestantes ocupam supermercado de Porto Alegre em protesto contra a fome

Manifestantes ocupam supermercado de Porto Alegre em protesto contra a fome

Grupo liderado pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) também realizou a ação em diversas capitais do Brasil

Correio do Povo

Depois de algumas horas de manifestação, grupo se reuniu com a gerência do Carrefour, que atendeu a reivindicação de cestas básicas

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Dezenas de manifestantes ocuparam uma unidade do Carrefour, na zona Norte de Porto Alegre, em uma mobilização nacional chamada de “Natal sem fome”, promovida pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), na tarde deste sábado. A ação ocorreu também em diversas outras capitais no Brasil, como São Paulo, Natal, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em Porto Alegre, a ação durou poucas horas.

Além de bandeiras do grupo, os manifestantes utilizavam também adereços da China, União Soviética, Che Guevara e Palestina. De acordo com uma publicação nas redes sociais do movimento, a ação reivindicava 300 cestas básicas para proporcionar um alimento para estudantes e famílias necessitadas neste natal. O relato dá conta que a invasão nesta unidade do mercado também serviu como memória pela morte de João Alberto Silveira Freitas, em 2020.

Segundo a Brigada Militar, que acompanhou a invasão, o ato iniciou no final da manhã de sábado e encerrou por volta das 17 horas, quando os manifestantes se reuniram com a gerência do Carrefour, que teria atendido o pedido. Após, os ocupantes deixaram o local. Não foi informado se todas as 300 cestas básicas foram entregues ao grupo.

Em nota à imprensa, o Carrefour se disse surpreso pela ação e que “sempre manteve diálogo aberto com as lideranças do movimento. O combate à fome e à desigualdade é um dos pilares prioritários do Grupo, compromisso mantido com inúmeros parceiros que têm dialogado com a empresa de forma permanente, em todas as regiões do País. Somente este ano doamos mais de 3.600 toneladas de alimentos, equivalente a mais de 14 milhões de refeições complementares”, destacou a nota.


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