Manifestantes seguem junto ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, mesmo após ofício do MPF
Documento pede explicações à Prefeitura e EPTC sobre eventuais medidas para desbloquear vias
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Em mais um dia de protestos, por volta de 50 manifestantes seguem, no final da manhã desta terça-feira, em frente ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre, com bandeiras do Brasil e camisetas verde-amarelas. A chuva fraca não intimidou a manifestação, acompanhada ao som do Hino Nacional e outras canções patrióticas, executadas por um trio elétrico estacionado na rua Sete de Setembro, ao lado da sede do CMS.
Os bloqueios das vias próximas continuam, ainda que o Ministério Público Federal (MPF), juntamente com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) e Ministério Público de Contas (MPC), tenham encaminhado ofício com prazo de retorno em até 24 horas ao prefeito Sebastião Melo e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Paulo Ramires, solicitando informações sobre eventuais medidas para o desbloqueio das vias.
O ofício também solicitou a identificação e multa dos proprietários dos veículos que permanecem em vias públicas, a fim de “efetivar ou apoiar os bloqueios”. Na noite de segunda-feira, a resposta da Prefeitura foi a de que seriam prestadas “informações pertinentes aos órgãos ao longo desta terça”, e ainda, que “a Secretaria de Mobilidade Urbana segue monitorando permanentemente a região central, a fim de garantir a mobilidade e a segurança viária, no âmbito das atribuições das equipes de fiscalização de trânsito”.
O MPF se refere aos atos como “antidemocráticos”, na esteira da derrota do presidente Jair Bolsonaro, que buscava a reeleição, no segundo turno das eleições no último dia 30. Há oito dias, desde o final da segunda etapa das eleições, há bloqueios formados pela EPTC na rua Padre Tomé, além do trecho entre a Siqueira Campos e a Sete de Setembro, bem como em trechos da Andradas, General Bento Martins e General Canabarro. Agentes do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) também acompanham as manifestações.