Manifestantes seguem reunidos em frente ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre
Algumas pessoas estão acampadas na área das ruas dos Andradas, Sete de Setembro e Padre Tomé há nove dias
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Mais um dia de manifestações foi registrado nesta quarta-feira, em frente ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre, reunindo por volta de 50 pessoas no final da manhã. Alguns dos manifestantes estão acampados na área das ruas dos Andradas, Sete de Setembro e Padre Tomé há nove dias, quando as manifestações iniciaram de forma orgânica. Eles reivindicam principalmente a intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral, ao qual classificam como "fraude", após a derrota do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições, no último dia 30.
No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já atestou a confiabilidade das urnas eletrônicas, e diz que nunca foi encontrado qualquer processo fraudulento no pleito. A mobilização segue em grupos de redes sociais, onde integrantes das manifestações compartilham e recebem informações sobre protestos similares em outras partes do país. As principais características do movimento são o uso de camisetas verde-amarelas e a bandeira do Brasil. Vendedores, por sua vez, expõem os produtos e os comercializam a quem deseja integrar o manifesto.
Na terça-feira, a Prefeitura de Porto Alegre e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) responderam ao ofício do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) e Ministério Público de Contas (MPC) sobre as ações realizadas para garantir o desbloqueio das vias onde há as manifestações. Conforme a Administração, não foram identificados líderes no ato, “o que dificulta o convencimento para a desmobilização dos manifestantes".