Mapas interativos mostram como seria o impacto das cheias em Porto Alegre sem sistema de contenção
Simulação feita pelo IPH/Ufrgs mostra Centro alagado e água chegando próximo ao Aeroporto
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Qual seria o impacto das enchentes do rio Guaíba em Porto Alegre se a cidade não contasse com nenhum tipo de sistema de prevenção contra cheias? Um trabalho desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS busca responder em imagens a esta questão.
Os pesquisadores criaram uma série de mapas, com simulações de até onde chegariam as águas do Guaíba se não houvesse sistema de contenção.
Foram analisadas cinco das principais enchentes registradas na história da cidade: 1941, 1967, 2015, setembro de 2023 e a atual, de novembro de 2023.
O estudo foi realizado pelo professor Fernando Dornelles e pelo doutorando Iporã Possantti na enchente de setembro. Agora, foi incluída a simulação de cenário da cheia atual. O mapa que indica as áreas inundadas foi criado com base no nível registrado na régua do Cais Mauá.
Bairros, estádios e aeroporto alagados
Na enchente atual, as águas do Guaíba tomariam boa parte do Centro da cidade, alagando pontos como a rodoviária e o Mercado Público, chegando até a rua dos Andradas, a popular Rua da Praia.
Beira-Rio e Arena estariam alagados, assim como o aeroporto Salgado Filho. Provavelmente, o Trensurb funcionaria somente a partir de Canoas, com todas as estações da capital afetadas.
A água atingiria boa parte dos bairros Cidade Baixa, Praia de Belas, Menino Deus, Floresta, São Geraldo, entre outros. O Humaitá e o Sarandi seriam afetados por completo. Na Zona Norte, o bairro Sarandi seria o mais atingido.
Já para o Sul, seriam registrados estragos ao longo de toda a Zona Sul, em bairros como Ipanema, Guarujá, Aberta dos Morros e Ponta Grossa, com o rio avançando em áreas habitadas e desabitadas até o extremo Sul de Porto Alegre.
Navegue pelo mapa interativo
Com os dados fornecidos pelo estudo, o Correio do Povo montou um mapa interativo para analisar o tamanho da hipotética enchente em Porto Alegre com o Guaíba chegando a 3,46 metros, marca medida na régua do Cais Mauá na manhã desta terça-feira. Também é possível analisar com as cheias de setembro deste ano, de 2015, de 1967 e a histórica enchente de 1941.
