Marcha do Fórum Social Mundial 2023 de Porto Alegre reúne movimentos sociais e apoiadores

Marcha do Fórum Social Mundial 2023 de Porto Alegre reúne movimentos sociais e apoiadores

Grupo partiu da Prefeitura Municipal e foi até a Assembleia Legislativa do RS

Correio do povo

Marcha do Fórum Social Mundial 2023 de Porto Alegre reuniu movimentos sociais e muitos apoiadores

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A Marcha do Fórum Social Mundial 2023 de Porto Alegre  reuniu movimentos sociais e muitos apoiadores no Largo Glênio Peres, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, no fim da tarde de quarta-feira. Integrando a agenda de atividades do FSM 2023, a caminhada tem o objetivo de dar visibilidade pública ao evento e dialogar com a população sobre as causas que estão sendo debatidas e defendidas nesta edição. Munidos de bandeiras, os participantes foram até a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde havia um palco para manifestações culturais.

O diretor da Central única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Claudir Nespolo, disse que essa caminhada é tradicional, pacífica e simples e que representa o momento de conexão artística. “O fórum também é cultura", salientou. Nespolo reforçou que a marcha não é apenas para as entidades organizadores, mas também para grupos que se alinham com as pautas tratadas no evento,como concentração de renda, exclusão da classe trabalhadora e os socialmente desassistidos. “ Os entregadores de comida que usam bicicleta para trabalhar estão aqui e clamando pelos seus direitos”, afirmou.

O presidente da Associação de Ciclo Entregadores do Rio Grande do Sul, Jean Clesar, enfatizou que a categoria pede o reajuste das taxas de entrega, conforme índice inflacionário. “Todo ano tudo aumenta,menos o salário do entregador, que não se atualiza há dois anos”, relatou.

O dirigente explicou que o entregador precisa percorrer pelo menos três quilômetros para ganhar R$6,00.”Se fizer um quilômetro a mais,não muda, é difícil chegar a R $7,00", comentou. Além disso, realçou que a classe não é autônoma, pois “tem rota definida para seguir e taxas para pagar”. Segundo Clesar, essa é a primeira entidade dos entregadores que trabalham com bicicleta no Brasil, que representa pelo menos 2 mil entregadores apenas na Capital. 

Muitas pessoas fizeram selfies com a cacica Kantê, 62 anos, da tribo Kaingang,  uma das indígenas que também acompanhou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi representar o pleito indígena. “Estamos vivendo uma situação precária”, disse.


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