Marina pública prevista na Orla cria expectativas para o turismo náutico em Porto Alegre

Marina pública prevista na Orla cria expectativas para o turismo náutico em Porto Alegre

Estão previstos no projeto um farol mirante e um centro de eventos projetado para acomodar 10 mil pessoas

Paula Maia

O farol mirante tem altura prevista, de no mínimo 36 metros de altura. A marina pública será construída em 26 mil metros quadrados. E o projeto possibilita a instalação de uma raia para competições náuticas, além de 581 vagas para embarcações náuticas.

publicidade

O Trecho 2 da Orla do Guaíba é um terreno de 134 mil metros quadrados, situado entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio. As obras no espaço deverão começar só em 2024, mas as expectativas são altas para essa grande renovação na paisagem de Porto Alegre. A empreitada incluirá uma marina pública, um farol mirante e um centro de eventos, projetado para acomodar até 10 mil pessoas. Esses são pontos altos do projeto que é uma parceria público-privada com o orçamento de R$ 400 milhões.

Essas três construções fazem parte dos itens considerados obrigatórios no projeto que também prevê um anfiteatro, reserva natural para cágados, caminhos das flores, ciclovias, decks, passarelas, parque infantil, cachorródromo.

Para a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, o projeto é a realização de dois sonhos para Porto Alegre. “O primeiro deles, bem antigo, é de ter uma marina pública naquele local. Desde o aterro, em 1950, mais ou menos, já se previa que ali teríamos uma marina pública que faria a conexão da cidade com o seu lago. E o segundo sonho é ter um centro de eventos qualificado, tecnológico, perto de todas as áreas importantes da cidade, para que a gente possa aumentar o turismo, conhecimento, trazendo encontros, convenções sobre saúde e tantas outras coisas que a nossa cidade tem para oferecer para o turista e para quem tiver interesse”, declarou.

 

O Trecho 2 da Orla é um terreno de 134 mil metros quadrados, situado entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio|Cheetah Capital/Divulgação

A proposta conceitual da marina pública possibilita a instalação de uma raia para competições náuticas. Ela terá 26 mil metros quadrados de construção, com 581 vagas para barco, galpão de manutenção, posto de abastecimento, estacionamento de automóveis e edifício administrativo com comércio e serviços. No projeto apresentado, a altura do farol mirante, um símbolo icônico da cultura náutica, é de no mínimo 36 metros de altura e vai proporcionar uma vista panorâmica de 360°, com uma iluminação cênica à noite.

Essa iniciativa recebeu só elogios do empresário Danilo Amorim Schultz, proprietário da Sul Náutica, uma empresa familiar do ramo náutico, fundada em 1975. Ele afirma que aprovou a revitalização e o desenvolvimento de Porto Alegre no entorno da Orla do Guaíba e fica feliz em ver que “Porto Alegre começou a olhar para dentro do rio”. Schultz afirma que o principal ponto positivo do projeto é a expansão das opções de esportes náuticos na capital. “Dar acesso às pessoas que têm a vontade, que têm o sonho e o desejo de velejar, de navegar, de buscar um esporte dentro da água e aproveitar o nosso rio que é um lugar tão especial”, declara.

O sócio-diretor da Cheetah Consultoria, Ricardo Meira, que liderou as empresas e profissionais para a realização do projeto durante dois anos, afirma que se sente muito orgulhoso em fazer parte dos estudos contemplados pela prefeitura. Meira acredita na ampliação do turismo náutico em Porto Alegre. “A marina é muito importante para o trânsito de barcos. Sem dúvidas, o turismo náutico vai aumentar em Porto Alegre, vai aumentar as opções e o acesso”, justifica. 

De acordo com Meira, o projeto está em fase de formatação jurídica pela prefeitura para que possa ser realizado a próxima etapa e a publicação do edital. Além dos itens obrigatórios no projeto, existem empreendimentos adicionais sugeridos pela Cheetah Consultoria. Entre eles está a construção de um museu aquário, um hotel flutuante,instituição de ensino superior e shopping ao ar livre. 

Em novembro será realizada uma audiência pública para apresentar o projeto e receber sugestões e contribuições. Após essa etapa, é entregue a documentação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). A publicação da licitação deve ocorrer no primeiro semestre de 2024. O espaço será concedido para a empresa por 35 anos.

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895