Melo pede para moradores deixarem residências em áreas de risco em Porto Alegre

Melo pede para moradores deixarem residências em áreas de risco em Porto Alegre

Sebastião Melo prevê que, com o vento Sul, o pior dia de represamento de água no Guaíba seja amanhã

Correio do Povo

Prefeito Sebastião Melo pediu que moradores de áreas de risco deixem o local para casa de conhecidos ou busque o acolhimento da Fasc

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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, pediu nesta quarta-feira que os moradores que vivem em áreas de risco deixem as suas residências devido a forte chuva que atinge a cidade. A prefeitura, através da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) abriu três estruturas de acolhimento, cada uma com capacidade para até 50 pessoas no Extremo-Sul, na igreja São João Paulo II, em Belém Novo; no Sul, na Associação Recreativa dos Correios, e nas Ilhas, na igreja da Ilha da Pintada.

"Quem pode trabalhar em casa, que fiquem em suas residências. Apelamos também as pessoas que moram em áreas de risco que não esperem o arroio transbordar ou que ocorram o desbarrancamento de áreas e tomem a decisão de ir para as casas de seus parentes ou ligar para a Defesa Civil e pedir para serem a acolhidos", afirmou Melo.

O prefeito destacou que já enfrentou outras situações parecidas na cidade e tem experiência em efeitos climáticos severos como os ocorridos nas últimas semanas. "Não pode faltar comida, acolhimento e roupa de cama. Tudo isso a Fasc, em parceria com muitos voluntários, sempre faz. O acolhimento é seguro e temos que cuidar das pessoas e dos seus animais. Tudo é uma governança que não é novidade para mim, pois fui vice-prefeito e comandei as equipes no grande temporal de 2016, mas não foi só aquele. Em 2015, tivemos uma grande enchente e, nos últimos dois anos e meio, não faltaram crise nesta área. Nossa cidade é resiliente, mas o momento é crítico e muito pior do que a da semana passada. Agora, tenho que enfrentar isso com firmeza e dedicação", destacou.

Melo lembrou que a quinta-feira pode ser o momento mais crítico devido ao represamento das águas do Guaíba. “A previsão é que a chuva vai até amanhã, mas o vento Sul vai até sexta-feira. Então, sexta, ele muda. Hoje está mostrando isso, mas a meteorologia todos sabemos como é, pode mudar a qualquer momento. Isso significa que teremos água represada até sexta-feira. Então, se eu pudesse dizer com uma razoável precisão, talvez, o nosso pior dia será amanhã. Liberando o vento Sul, ela escoa para a lagoa e depois para o mar”, afirmou.

O prefeito ainda revelou que choveu 84 milímetros em 24 no Extremo Sul de Porto Alegre. “O Guaíba está com 2,8 metros nas Ilhas. No pior momento da semana passada, estava em 1,96m e aqui 2,49m no Cais Mauá. Hoje está em 2,40m no Cais, então, requer uma atenção muito especial e é o que vamos fazer minuto a minuto”, concluiu.

A comitiva do prefeito e secretários fará uma inspeção em diversas áreas da região Sul da Cidade. Uma nova coletiva está prevista para o final do dia.


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