Metroviários de SP decidem continuar greve nesta sexta-feira
Prefeitura decretou ponto facultativo por conta da dificuldade de transporte
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Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia nesta quinta-feira, manter a greve pelo segundo dia consecutivo, após falta de acordo com o Metrô. A operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata será paralisada novamente nesta sexta-feira. A Prefeitura de São Paulo também suspendeu o rodízio de veículos.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, administradas pela ViaQuatro e ViaMobilidade, e as cinco linhas de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) vão operar normalmente, durante a greve.
O Sindicato dos Metroviários propôs ao Metrô o fim da greve mediante a liberação da catraca livre para não prejudicar o atendimento à população, porém a empresa não aceitou a proposta. Em decisão, nesta noite, a juíza do trabalho Eliane Aparecida da Silva Pedroso também multou em R$ 100 mil o Metrô por impedir os funcionários de operarem com catracas livres e considerou a "prática antissindical".
"A estratégia adotada pelos empregados – trabalhar integralmente, sem cobrança das passagens – não pode ser avaliada, nem obstada pelo empregador, o que constituiria, em tese, prática antissindical, como afirmei na decisão pretérita", afirmou a magistrada.
Durante a tarde, representantes do sindicato e do Metrô participaram de uma reunião TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), onde o MPT (Ministério Público do Trabalho) apresentou uma proposta de pagamento de R$ 2,5 mil por ano entre 2020 e 2022 de abono. O órgão também pediu que não haja desconto dos dias de paralisação nem punições aos funcionários. Entretanto, não houve acordo por parte do Metrô.
Em razão da greve, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana de São Paulo, para esta sexta-feira (24).
