Moradora de região em que prédio desabou relata apreensão por moradias em Gramado

Moradora de região em que prédio desabou relata apreensão por moradias em Gramado

Cristina Martins e a família estão abrigados em uma escola desde o início das fortes chuvas

Felipe Faleiro

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Horas depois do desabamento de um prédio de quatro andares no bairro Planalto, em Gramado, moradores da região relatam uma certa apreensão por suas moradias que ficam na mesma região. A cozinheira Cristina Martins, moradora da mesma área da edificação há 14 anos, está no abrigo na Escola Estadual Senador Salgado Filho, bairro Piratini, desde o último domingo, e estava indo na manhã desta quinta-feira com um dos três filhos, Maurício Martins, 26 anos, até a residência da família, que fica abaixo do Condomínio Residencial Ana Carolina, para verificar como está a casa.

Cristina conta que foi retirada de lá por conta do perigo de desabamento da encosta acima. O marido e os outros dois filhos permaneceram abrigados. “Nunca tinha visto essa situação neste tempo todo. Ficamos muito apreensivos com tudo isso. Dependendo do que encontrar, não vou voltar”, afirmou ela, que mora há seis meses em uma residência alugada. Segundo Cristina, que não trabalha há três dias por conta das chuvas, na área vivem cerca de dez famílias. “Fiquei apenas na função de arrumar as coisas”.

O edifício, chamado de Ana Carolina, desabou por volta das 5h30min. O local já havia sido evacuado ainda no sábado. Conforme a prefeitura, a edificação caiu dentro próprio terreno e não atingiu o bairro Três Pinheiros, que também segue isolado. 

O prédio que desabou tinha mais de 170 metros quadrados, três dormitórios, duas vagas de estacionamento e ainda contava com um elevador para quem usufruisse da estrutura.   

Consultada, a prefeitura de Gramado só se manifesta através de notas pelas redes sociais. O espaço está aberto para manifestações. 


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