Moradores aguardam a conclusão de ciclovia em Canoas
Obra prevê a ligação de parques, mas está parada e depende de alteração no Plano Diretor
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O sócio-fundador da Associação Pedala Canoas, Hugo Lagranha Neto, diz que a mobilização vem desde 2013, quando houve alteração da lei orgânica municipal. “Depois, em 2015, com a criação e a sanção do Plano Cicloviário, houve uma série de debates e plenárias. Nós, ciclistas, estivemos atuantes e apresentamos nossas necessidades. O projeto é importante porque beneficiará os cerca de 15 mil ciclistas que utilizam diariamente a bicicleta para ir ao trabalho ou à escola.” Ele lamenta que as tratativas tenham parado. “No Eduardo Gomes, encontramos apenas a placa com as datas de início e término da obra, que, de acordo com o próprio informativo, já deveria estar pronta.”
O ciclista conta que a prefeitura prometeu nova licitação, mas propôs uma alteração restringindo, segundo ele, “ferramentas de segurança”, o que teria aumentado o prazo de início dos trabalhos. Conforme Lagranha, este investimento vai proporcionar mais segurança e tranquilidade para o usuário. “Infelizmente fazemos parte de um problema cultural. É importante que as ações de execução não se restrinjam à infraestrutura, mas levem em consideração o trabalho de conscientização e tratamento dos motoristas para com o ciclista.”
Segundo a prefeitura, a obra da Ciclovia dos Parques encontra-se paralisada devido à necessidade de adequação com o Plano Diretor do município. A proposta de alteração já foi encaminhada para a Câmara de Vereadores e a expectativa é de que seja votada ainda neste ano. A prefeitura esclarece que a obra precisou ser iniciada para que o contrato de repasse não fosse cancelado. O termo de paralisação foi assinado logo em seguida para a realização dessas adequações. O valor repassado até o momento pelo Ministério das Cidades, oriundo de emenda parlamentar, corresponde a 50% do total e está depositado em conta vinculada específica do contrato de repasse, uma vez que as liberações são feitas somente pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o município, a retomada das obras ocorrerá tão logo seja votada a proposta de alteração no Plano Diretor, com prazo de execução de quatro meses. A Câmara informou que a matéria já está na Casa, mas não foi votada ainda. A previsão é de que entre em pauta na sessão desta quinta-feira.