Moradores de Guaíba fazem queixas sobre o transporte público metropolitano

Moradores de Guaíba fazem queixas sobre o transporte público metropolitano

As reclamações já chegaram à Câmara de Vereadores da cidade

Fernanda Bassôa

A precariedade dos serviços e o descaso com os usuários foram discutidos em audiência pública

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A oferta de poucos horários, o registro de superlotação em período de pandemia, além da demora na integração dos coletivos nos bairros e o alto valor da passagem são as principais queixas dos usuários do transporte público metropolitano que precisam se deslocar diariamente de Guaíba a Porto Alegre. A precariedade dos serviços e o descaso com os usuários foram discutidos em audiência pública junto a Comissão de Assuntos Municipais, na Assembleia Legislativa. A empresa alvo das reclamações é a Expresso Rio Guaíba e as queixas já chegaram à Câmara de Vereadores da cidade.

Gerente de operações da Expresso Guaíba, Flavio Piccoli, disse não ter conhecimento das reclamações e estar surpreso com os fatos anunciados. “Nos chegam aqui cinco ou seis reclamações por mês e sempre damos a devida atenção, bem como resposta. Hoje operamos com 22 linhas entre Guaíba e Eldorado do Sul e uma frota de 95 ônibus. Neste momento de pandemia, atendemos 65 mil passageiros por semana. Antes da Covid-19 esse número era de 120 mil", disse. 

De acordo com Piccoli, houve uma queda de 46% na receita devido os reflexos da pandemia. “Operamos dentro da lotação permitida e seguimos todos os protocolos e determinações ditados pelo Estado, inclusive com oferecimento de álcool gel na entrada e saída de passageiros, assim como a limpeza e manutenção dos carros. Buscamos atender todas as solicitações dentro do possível e melhorar tudo aquilo que estiver ao nosso alcance", explicou. 

O diretor de transporte metropolitano da Metroplan, Francisco Horbe, explica que o sistema do transporte público foi impactado pela pandemia e pelos consequentes decretos. “Funcionários idosos e integrantes do grupo das comorbidades tiveram que ser afastados. A demanda de passageiros caiu 70% inicialmente e as empresas tiveram um prejuízo elevado. Isso está sendo regulado de acordo com a oferta”, argumentou. 

Segundo ele, com a retomada gradativa do comércio e da indústria está havendo um movimento maior junto ao transporte coletivo. “Nossa fiscalização é periódica e cada passageiro em pé custa R$ 200 de multa para a empresa. Sem falar na questão sanitária e a obrigatoriedade do uso da máscara. Em todos os ônibus disponibilizamos álcool gel e em cada terminal de ônibus os coletivos são higienizados”, colocou. 

Horbe explica que a Metroplan trabalha com 21 empresas na região Metropolitana e transporta 200 mil passageiros por dia. Ao todo são seis mil viagens diariamente. Reclamações sobre o transporte público metropolitano podem ser feitas diretamente no SAC da Metroplan pelo 0800 510 4774. 


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