Moradores de Pelotas reclamam da falta de luz em pontos da cidade

Moradores de Pelotas reclamam da falta de luz em pontos da cidade

O problema acontece á quase 48 horas, desde o temporal da madrugada de quinta-feira

Angélica Silveira

Iara lamenta ter que sair da própria casa para fazer o básico em função da falta de luz

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Ás 12h desta sexta-feira, a CEEE Equatorial informou que havia reestabelecido a energia elétrica em 76% dos clientes que ficaram sem luz após o último temporal. A auxiliar de limpeza, Iara Nolasco e a recepcionista, Ana Carolina Rodrigues, moradoras de Pelotas, no sul do Estado não estão entre aqueles que tiveram o problema resolvido

Moradora da rua Joaquim Nabuco, Iara está indignada com o tempo de espera para que a CEEE Equatorial resolva o problema dos moradores de parte do Fragata, em Pelotas. "A Duque de Caxias, que é a avenida principal do bairro está com luz, já estamos desde a madrugada de quinta-feira sem energia elétrica", relata.

Ela conta que caiu um fio de alta tensão na rua Carlos de Carvalho, o que comprometeu o fornecimento de energia na região. "O problema é que isto é recorrente quando tem chuva. É manhã de sexta-feira, sigo sem luz, sem previsão de resolver o problema", observa.

Iara afirma que um vizinho teve contato com a Equatorial e disseram que não tem fio para substituir, tem que vir de Porto Alegre. Para poder tomar banho ela teve que sair de casa. "Para o básico tive que ir dormir for a de casa", lamenta.

Desde ás 2h30min desta quinta-feira, quando começaram os primeiros raios, Ana Carolina, que trabalha como recepcionista também está sem luz em casa. Moradora da Vila Gotuzzo, ela já tinha passado pelo mesmo problema em janeiro deste ano.

“Eu estou abrindo protocolo com eles, que dizem que tá registrado pelo whatsapp. Digo que estou sem luz, porque por telefone, para saber prazos não consigo falar com eles”, afirma. Ela conta que no temporal de 16 de janeiro havia ficado dois dias sem luz e pensou que isto não ocorreria novamente devido a diferença de intensidade dos dois eventos climáticos. “O temporal de janeiro foi muito pior que este, ás 2h da manhã chego novamente neste prazo. As comidas tive que mandar para a geladeira da minha cunhada que mora na esquina e pega a rede da outra rua então é abastecida”, conta. Ana relata que para tomar banho teve que usar uma caneca no primeiro dia e nesta sexta-feira pretendia visitar a mãe, que mora em outra região e já tem luz, e aproveitar para tomar banho. “Pela intensidade temporal achei que demoraria menos, agora já não sei senão será mais. Moro há três anos no mesmo local e sempre passo por isto. O recorde havia sido em janeiro, mas já que poderá ser batido essa madrugada”, lamenta.

O presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera, enfatiza que desde o advento, mais de 2500 técnicos estão trabalhando ininterruptamente para reestabelecer a normalidade o mais rápido possível.


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