Moradores do bairro Farrapos protestam por demora para reforma de posto devastado por temporal

Moradores do bairro Farrapos protestam por demora para reforma de posto devastado por temporal

Clínica da Família Diretor Pestana foi parcialmente destelhada no dia 16 de janeiro e, desde então, comunidade é atendida em um ginásio e em outras unidades

Correio do Povo

Moradores exibiram cartazes de protesto pedindo o retorno dos atendimentos

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Com cartazes, mensagens de protestos e gritos de ordem, moradores do bairro Farrapos protestaram no final da tarde de quarta-feira, na esquina da Av. AJ Renner com a rua Dona Teodora, contra a demora para restabelecimento dos atendimentos na Clínica da Família Diretor Pestana. A unidade de saúde está fechada desde o dia 16 de janeiro, quando um temporal destelhou parcialmente a unidade e causou estragos em itens como mesas, macas e armários, assim como computadores que foram danificados.

Desde então, o ginásio de uma igreja situada nas proximidades foi cedida para que os atendimentos pudessem ser mantidos de forma provisória, para atender 14,4 mil usuários cadastrados. Os serviços que precisam necessariamente ocorrer em unidades de saúde, como tratamento odontológico e vacinação, estão disponíveis em três locais de referência, situados na mesma região: Clínica da Família Navegantes e unidades de saúde Farrapos e Fradique Vizeu.

Diante dos transtornos e da necessidade de deslocamento em alguns casos, a comunidade não está satisfeita e pede que a situação seja solucionada o quanto antes, com a execução da reforma. “Somos bem atendidos (no ginásio), mas é o médico suando e usuário suando junto. Não tem a mesma condição que tínhamos no nosso posto”, afirma a conselheira municipal da saúde e usuária do local, Mara Walkyria Reolon, de 71 anos. “Sem contar a falta de privacidade durante as consultas”, acrescenta a presidente da Associação dos Ferroviários, Daiane Germany, 46.

Questionada sobre a situação, a Prefeitura informou que a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é de que sejam necessários entre R$ 150 mil e R$ 250 mil para a reforma do prédio. Assim, o caminho menos demorado para reparação dos danos é através de emendas parlamentares, já que a reforma vai acontecer via Santa Casa.

A coordenadora de saúde da região, Barbara Cristina Lima, explica que a alternativa dos atendimentos no ginásio da igreja possibilita manter o acesso próximo à comunidade. “É importante que os moradores da região possam contar com atendimento sem precisar se deslocar demais, e a paróquia é conhecida de todos”, avalia.

O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Este é outro fator de reclamação da população, que antes dos estragos podia utilizar o posto até as 22h. Entre os serviços ofertados atualmente, estão consultas médicas e de enfermagem, avaliação odontológica, verificação de sinais vitais, curativos, aplicação de medicação, coleta de teste do pezinho e retirada de medicamentos.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895