Moradores vão pedir perícia particular para identificar causa de rachaduras em Gramado

Moradores vão pedir perícia particular para identificar causa de rachaduras em Gramado

Advogado que representa moradores do bairro Piratini alega que ação da prefeitura em rochas teria potencializado catástrofe

Felipe Faleiro

Advogado que representa moradores do bairro Piratini alega que ação da prefeitura em rochas teria potencializado catástrofe

publicidade

Os moradores do bairro Piratini vão solicitar uma perícia particular para tentar identificar o que causou rachaduras em residências da cidade após fortes chuvas. O advogado Aldairton Carvalho, que representa na Justiça os moradores do bairro Piratini, esteve reunido com parte deles nesta quinta-feira. De acordo com ele, as chuvas contribuíram, porém as rachaduras foram potencializadas por obras da Prefeitura, que há oito meses estaria dinamitando rochas que atrapalham a abertura de uma rua.

“Há uma narrativa do poder municipal de uma catástrofe natural ocasionada pelas chuvas. Acreditamos que houve, sim, uma ação humana incisiva. São mais de 30 casas atingidas. O Plano Diretor de Gramado não permite construir prédios altos, então as construtoras fazem grandes subsolos em que só dinamitando mesmo, porque nosso solo é muito rochoso”, explicou ele.

Conforme o advogado, a Câmara Municipal está instalando uma comissão especial para apurar o caso, e o escritório vai protocolar ainda nesta sexta-feira ofícios ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), à Agência Nacional de Mineração (ANM) e ao Ministério da Defesa, “visto que dinamite deve ser fiscalizado pelo Exército”, disse ele. “Vamos trazer todos estes entes para Gramado para verificar o que está acontecendo”.

Pereira disse que não estava em casa no sábado, mas relatou que sua mulher afirmou ter ouvido diversos “barulhos de explosões, que pareciam tremer a casa toda” durante a última ocorrência. “Os vizinhos saíram de casa, em pânico”, comentou.

Procurada, a Prefeitura de Gramado não se manifestou sobre as falas do advogado.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895