Morro Redondo é rota para observadores de aves

Morro Redondo é rota para observadores de aves

Grupo de praticantes de Birdwatching estará na região para dias de imersão à observação

Angélica Silveira

Por meio de oficinas, palestras e atividades os iniciantes ou mais experientes poderão ver algumas das 209 espécies de aves

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A cidade de Morro Redondo, no Sul do Estado, já registrou mais de 100 espécies de pássaros pelas lentes de observadores. Neste fim de semana, as aves que habitam a cidade devem ter uma grande plateia, pois o sítio Flor & Osório, localizado na Colônia Santo Amor, irão receber um grupo de 12 praticantes de Birdwatching, para dias de imersão à observação. Por meio de oficinas, palestras e atividades os iniciantes ou mais experientes poderão ver algumas das 209 espécies já registrada em Morro Redondo. O agrônomo Gustavo Gomes, que é um dos anfitriões do sítio conta que o no Flor & Osório já foram registradas 160 espécies.

“Entre estas 52 visitam os comedouros com mais frequência. Dentre estas temos as que vem todos os dias e aquelas com pouco registro”, destaca. A prática de observação também pode ser conhecida pelo termo popular de “passarinhando”, onde os praticantes podem conhecer um pouco mais rotina natural dos pássaros em seus habitats.

Segundo ele, as espécies mais desejadas pelos visitantes são o sanhaçu-papa-laranja, saíra-preciosa, tico-tico-rei, quete-do-sul, aracuã-escamoso, beija-flor-de-topete-azul, estrelinhas-aetista, tapaculo-ferrerinho, bico-duro, tucanuçu e o tucano-de-bico-verde. Todas as espécies são visitantes frequentes dos comedouros do sítio. Gomes conta que trabalha com observação de aves desde o início da pandemia de coronavírus, mas pratica birdwhatching desde 2011.

“Neste final de semana estamos realizando em parceria com o grupo Aves do Sul e com o guia Raphael Kurz onde vamos fazer um evento de introdução ao birdwhatching, onde serão mostradas, por exemplo, técnicas de atração, quais ferramentas se deve utilizar para identificação das espécies e, todos os bancos de dados”, enumera.

Os participantes também terão acesso aos aplicativos de celular que tem o som das aves e as técnicas de atração como por exemplo a que reproduz o som das aves e faz com que elas se mostrem, respondem facilitando a fotografia. Os participantes irão saber o jeito de se comportar, o melhor tipo de roupa, onde esperar as aves, como conseguir as fotos e observação. Gomes garante que há visitas semanais de aves, por causa da sazonalidade.

“No inverno tem menos alimento na natureza, então os comedores são mais visitados”, confirma. O local já recebeu visitantes principalmente da região sudeste do Brasil (Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro) e de outros países como Espanha, França, Inglaterra e Argentina.

Segundo informações do Birdwatching Brasil, há 10 anos, o número de observadores de aves, ou birdwatchers, não passava de 2 mil no país. O número subiu para 35 mil atualmente e tem potencial para chegar a 100 mil nos próximos três anos.


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