Movimento Rio Grande Contra a Fome arrecada mais de 223 toneladas de alimentos não perecíveis

Movimento Rio Grande Contra a Fome arrecada mais de 223 toneladas de alimentos não perecíveis

Arroz, feijão, leite, farinha, azeite e massa estão entre os produtos mais doados

Correio do Povo

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Mais de 223 toneladas de alimentos não perecíveis já foram arrecadadas desde maio deste ano pelo Movimento Rio Grande Contra a Fome, idealizado pela Assembleia Legislativa e realizado com parcerias da Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Governo do Estado. Na tarde da próxima segunda-feira, no gabinete da presidência do Legislativo, ocorre uma solenidade de assinatura dos termos de cooperação para combate à fome e à pobreza no RS, com previsão de compra de milhares de cestas básicas.

A mobilização, uma iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira (PT), recebeu o nome de Natal Solidário neste final de ano. Neste sábado e domingo, entre 8h e 17h, um posto de coleta das doações foi montado próximo ao Monumento ao Expedicionário, na Redenção, em Porto Alegre. Ação de recolhimento está prevista também nos dois shows de Caetano Veloso no Auditório Araújo Vianna, na Capital.

Na apresentação de Caetano Veloso nessa sexta-feira foram recebidas quase três toneladas de alimentos e existe a expectativa de uma mesma arrecadação na noite deste sábado. Uma ação de doação de alimentos acontece igualmente na Mostra Gaúcha de Artes Cênicas, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. 

Arroz, feijão, leite, farinha, azeite e massa estão entre os produtos mais doados. Durante a semana, as entregas podem ser feitas em postos instalados nas instituições participantes em todo o RS.

A coordenadora executiva do Movimento Rio Grande Contra a Fome, Paola Carvalho, explicou que o objetivo da campanha é atender quem está em situação de insegurança alimentar grave. “São aquelas famílias que não tem nenhum prato de comida por dia”, resumiu. “A gente tem um super potencial de arrecadação”, avaliou.

Ela lembrou que a mobilização foi renovada recentemente por mais um ano e procura chamar a atenção da sociedade para a questão do empobrecimento e da insegurança alimentar de parte da população gaúcha. “Quem tem fome, tem pressa, mas significa que a gente também precisaria mobilizar ações emergenciais”, enfatizou, calculando mais de 50 ações já promovidas desde então. Paola Carvalho observou que a questão da fome exige inclusive políticas públicas permanentes.

A escolha dos beneficiados é feita tanto através do Cadastro Único e como via Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. “A comida chega na casa de quem mais precisa”, frisou Paola Carvalho, destacando que a Defesa Civil do Estado fica encarregada da preparação das sacolas com os alimentos básicos e que as mesmas sejam distribuídas. “Essa comida rapidamente é reorganizada e já direcionada pela estrutura”, esclareceu.

Após as festas de fim de ano, uma das ideias é promover uma ação no Litoral Norte, que recebe um grande fluxo de pessoas no veraneio. “Nós estamos já falando sobre isso e tentar fazer uma mobilização para quem está de férias”, disse, lembrando que as arrecadações costumam ter quedas nesse período do ano. Mesmo assim, Paola Carvalho percebeu que “muita gente que quer ajudar e às vezes não sabe como exatamente”.

Todas informações podem ser obtidas no site do movimento.


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