Movimentos sindicais protestam em Canoas contra atos antidemocráticos

Movimentos sindicais protestam em Canoas contra atos antidemocráticos

Ato que ocorreu em frente à Refap foi promovido pelo Sindicato dos Petroleiros do Estado

Felipe Faleiro

Ato reúne por volta de 100 pessoas em um dos acessos à refinaria na região Metropolitana

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Manifestantes representando movimentos sindicais estiveram reunidos em frente a um dos acessos da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na região Metropolitana, na manhã desta quarta-feira. Eles protestam pacificamente contra os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no último final de semana, e também em defesa da democracia. Por volta de 100 pessoas participaram do ato, que foi acompanhado por viaturas da Brigada Militar. O ato, nacional, foi promovido no Rio Grande do Sul pelo Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS).

Houve discursos exaltando a importância das relações democráticas, e também discussões sobre os atos mais recentes dos manifestantes que promoveram vandalismo na sede do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Para a presidente do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira, a categoria está também marcando seu posicionamento. “Ocorreram prejuízos irreparáveis no nosso país. Mas a democracia continua de pé, e é essencial que os trabalhadores, movimentos sociais e civis, bem como as instituições, atuem como devem atuar, e é isto que os petroleiros estão fazendo hoje aqui”, afirmou ela.

Miriam disse que os manifestantes contrários que estiveram no último domingo junto à Refap tinham a intenção de bloquear os portões da refinaria e não permitir sua operação normal. “Ficamos extremamente preocupados com esta situação. Pedimos que fosse feito contato com o governador Eduardo Leite para que fosse garantida a segurança dos trabalhadores e das instalações. Isto foi uma ameaça à democracia, à segurança industrial e à segurança pública”, comentou.

Ainda conforme a presidente do Sindipetro-RS, o ato contou com boa participação dos funcionários da Refap, cujos representantes discursaram na área onde houve a manifestação. “A nossa categoria respondeu ao nosso chamado. A Petrobras é uma empresa que atua pelo desenvolvimento do país e temos feito este debate, de também reverter algumas decisões políticas, a meu ver, que estavam sendo tomadas pela gestão anterior”, ressaltou Miriam.

Após a leitura, o Sindipetro-RS leu um manifesto e realizou assembleias em cinco locais do Estado onde há instalações da Petrobras: a Usina Termelétrica (UTE) Canoas, terminal aquaviário da Transpetro, também em Canoas, terminais de Osório e Rio Grande, além da própria sede do Sindipetro, em Porto Alegre. “Este documento é de respeito à vontade do povo nas urnas. Já tínhamos aprovado ele no ano passado, mas estamos o reeditando com o contexto atual”, salientou a presidente.


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