Município de São Leopoldo não precisou racionar água durante estiagem

Município de São Leopoldo não precisou racionar água durante estiagem

Gestão Municipal investiu mais de R$ 5 milhões em estações de tratamento

Fernanda Bassôa

Em 2022, município investiu R$ 3,2 milhões em melhorias nas estações de tratamento

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Mesmo com a estiagem, que castigou o Estado durante cerca de quatro meses, com falta de chuvas causadas pelo fenômeno La Niña, e que fez o nível do Rio dos Sinos oscilar para abaixo do normal, entre 1m e 1,8m, o Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae), não precisou realizar racionamento de água em São Leopoldo. Isso porque a autarquia realizou melhorias suas estruturas nos últimos anos. Foram mais de R$ 5 milhões em investimentos.

Em 2022, a Estação de Tratamento de Água Imperatriz Leopoldina (ETA 2) passou por reformas no floculador 3, que foi impermeabilizado e teve seu madeiramento substituído. Além disso, foram realizadas reformas nos filtros 1 a 5, nos leitos e impermeabilização das respectivas paredes. Para estas obras foram investidos mais de R$ 3,2 milhões.  

A ETA 2, atualmente, trata 1 mil litros de água por segundo, e sua capacidade pode ser ampliada para até 1,5 mil litros de água por segundo. Esse processo não foi interrompido durante o período de baixa no nível do Rio dos Sinos, também por conta de melhorias realizadas na Elevatória de Água Bruta (EAB). A EAB do Semae consegue realizar captação mesmo com a marcação do Rio estando abaixo de 1m, pois possui seis motobombas que operam em sistema anfíbio, ou seja, submersas.

Na EAB, o Semae já investiu, desde 2019, cerca de R$ 2 milhões em melhorias, como a instalação de nova bomba no subsistema, aumento na capacidade de bombeamento no local e manutenções preventivas no sistema elétrico. Mais de R$ 250 mil ainda serão investidos na aquisição de um transformador de 750kVA e na instalação de cabos que conectam o aparelho ao Quadro Geral de Baixa Tensão. 

Para o diretor-geral, Geison Freitas, as melhorias realizadas no Semae, levam São Leopoldo para outro patamar na relação com a captação e o abastecimento de água. “Foram mais de 360 cidades do RS que decretaram situação de calamidade ou emergência em razão da estiagem e São Leopoldo, mesmo com toda a seca no Estado, conseguiu não ter nenhum tipo de racionamento", celebrou o gestor. Freitas ressalta o planejamento do município. 

"Isso vem da visão e investimentos do Governo Vanazzi ao longo do tempo no sistema de captação de água.Hoje, a autarquia está em pleno desenvolvimento e isso é fruto de planejamento, sustentabilidade financeira e capacidade de investir”, afirma. Nos próximos meses, o Semae vai atuar em diversos projetos para melhorias na rede de distribuição de água e sistemas de reservação, e ampliação do índice do esgoto tratado no município, avançando na adequação ao Marco Regulatório do Saneamento. 


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