Município e empresa de transporte discutem alternativas para não encerrar serviços em Alvorada

Município e empresa de transporte discutem alternativas para não encerrar serviços em Alvorada

Viação Alvorada (VAL) opera com seis linhas e transporta uma média de 2,4 mil passageiros por dia

Fernanda Bassôa

Tarifa cobrada ao usuário é de R$ 4,70

publicidade

A empresa de transporte Viação Alvorada (VAL), que presta serviço público municipal na cidade de Alvorada, na Região Metropolitana, anunciou, no último dia 10 de abril, que o contrato com o Município encerra no próximo dia 28 de abril e que, se não houver subsídio ao sistema, a empresa não terá mais como operar o transporte público urbano na cidade a partir do dia 29, encerrando definitivamente suas operações. A tarifa cobrada ao usuário é de R$ 4,70.

Atualmente, a empresa opera com seis linhas e transporta uma média de 2,4 mil passageiros por dia, sendo 30% gratuidades. O valor estimado do subsídio que seria necessário, mensalmente para que a empresa mantivesse com as operações no Município não foi informada pela empresa porque, segundo a direção da VAL, esse valor depende de “diversos fatores.”  

O secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana de Alvorada, Sérgio Coutinho, informou que a Prefeitura está em tratativas com a empresa para que ela siga em operação por mais 180 dias após o encerramento do contrato, mediante lei municipal que autoriza essa operação, até que um novo processo licitatório fiquei pronto. "Contratamos uma empresa de consultoria que está realizando um estudo técnico para atender uma nova modalidade de transporte na cidade, porque o atual serviço está ultrapassado. A última licitação foi feita em 2003. Queremos buscar novas alternativas para que consigamos manter um serviço com o custo adequado a renda do usuário. Sabemos que a realidade de 20 atrás não é a mesma de agora. Esse estudo deve ser finalizado em maio. Depois disso, vamos dar início ao processo licitatório para escolha da nova empresa."  

Enquanto o processo de licitação acontece, segundo explica o secretário Coutinho, a ideia é que o Município, através de uma tarifa social, banque essa diferença complementando o valor para a empresa. "Não queremos o aumento da tarifa para o usuário. A ideia é que o Município arque com este valor e que não recaia para o bolso do trabalhador, que não onere à população que precisa tanto deste serviço essencial. Não queremos comprometer a renda do trabalhador. Vamos seguir as tratativas para que isso não aconteça e para que o serviço do transporte siga operando na cidade", garante o secretário.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895