Municípios da Fronteira Oeste do RS montam ações de prevenção a possíveis estragos de ciclone

Municípios da Fronteira Oeste do RS montam ações de prevenção a possíveis estragos de ciclone

Em Alegrete estão sendo adquiridos mil metros de lona para distribuição em caso de destelhamentos e avarias em residências

Fred Marcovici

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Municípios da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul têm organizado uma força tarefa com o objetivo de diminuir os efeitos negativos que podem ser ocasionados pelo ciclone extratropical no Estado esta semana. A chuva começa a se espalhar pelo território gaúcho esta terça-feira, mas o cenários de maior risco envolvendo tempestade altos volumes de precipitação devem ocorrer entre a quarta e a quinta-feira, conforme a meteorologista da MetSul, Estael Sias. 

Em Alegrete, de acordo com coordenador da Defesa Civil, Renato Grande, estão sendo adquiridos mil metros de lona para distribuição em caso de destelhamentos e avarias em residências. Além disso, o órgão faz a vistoria dos dez abrigos municipais – iniciando pelas escolas Honório Lemes, Eurípedes Brasil Milano e Gaspar Martins.

Também foi alinhado um acordo com o comando do 6º Regimento de Cavalaria Blindado (6º RCB) do Exército para fins de apoio logístico em caso de estragos provocados por ventanias e temporais. E ainda a implantação de um site em parceria com a Unipampa, com atualização em tempo real, para manter informada e orientada a comunidade alegretense sobre eventuais desastres naturais e as ações da Defesa Civil.

O nível do rio Ibirapuitã cresceu na manhã desta terça-feira e chegou 2,76m – distante dos 9,70 da cota de inundação. A Secretaria de Infraestrutura mantém equipes atuando na desobstrução de valas, bueiros e córregos para evitar transbordamento provocado por volume de chuva maior do que o usual.

Itaqui 

A prefeitura de Itaqui, por meio da Defesa Civil, reinstalou o Gabinete de Crise, ação que reúne secretarias municipais e órgãos de segurança e salvamento com objetivo de buscar soluções para situações decorrentes de calamidades e desastres naturais. Os setores e instituições estão realizando reuniões contínuas. Nos encontros do Gabinete de Crise são atualizadas as informações acerca de eventual passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Entre as ações no município, coordenadas pela Defesa Civil, há manutenção e atualização do Plano de Contingência, com informações populacionais atualizadas e mapeadas em todas as áreas. A Secretaria Municipal de Obras vem realizando a limpeza de bueiros e valas para evitar o acúmulo de água nas vias.

A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente está responsável pela manutenção da trafegabilidade das estradas rurais, de modo a permitir o trânsito de pessoas (acesso aos serviços urbanos), bem como a chegada das ações de apoio aos afetados. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação possui o cadastro atualizado das famílias para agilizar a prestação de socorro, como envio de mantimentos e agasalhos. Órgãos de Segurança e Salvamento estão em situação de pronto-emprego para colaborar com a recuperação e aplicação de ações de salvamento.

Uruguaiana

Em Uruguaiana, conforme o coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, há ainda alguns problemas pontuais provocados pelas chuvas de 28mm da última sexta-feira – no bairro União das Vilas e no assentamento Anita Garibaldi.  O rio Uruguai mede 2,79m, crescendo, porém distante da cota de inundação que é de 8,30m.

Segundo o secretário de Infraestrutura Urbana e Rural, Frederico Pellegrini, estão sendo desenvolvidas limpeza e desobstrução de valas, córregos e bueiros visando facilitar o escoamento de água. Pellegrini ressalta que o problema mais grave enfrentado pela pasta é o recorrente descarte irregular de lixo por parte de populares em áreas que usualmente ocorrem alagamentos e transbordamentos. "Um círculo vicioso que prejudica a maioria por irresponsabilidade de minorias", conclui.

São Borja

O secretário de Infraestrutura e coordenador da Defesa Civil de São Borja, Moacir Tiecher, destacou que as equipes do órgão estão de prontidão para possíveis fenômenos climáticos anunciados, muito embora torçam para que não aconteça. “A Defesa Civil é treinada e tem expertise para atuar em situações adversas, incluindo alagamentos e avarias. Há caminhões e equipamentos de sobreaviso caso necessária a ação. Também os quatro abrigos municipais estão sendo revisados e preparados para abrigar eventuais afetados pelo desastre natural”, acrescenta. A boa notícia da terça-feira foi a de que o nível do rio Uruguai começou a baixar, medindo 3,67m, tranquilizando os ribeirinhos. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895