Municípios da Fronteira Oeste permanecem em atenção devido às chuvas

Municípios da Fronteira Oeste permanecem em atenção devido às chuvas

Mesmo com a baixa no nível dos rios, famílias ainda aguardam para voltar às suas casas

Fred Marcovoci

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Mesmo com baixa no nível dos rios, municípios da Fronteira Oeste permanecem atentos e famílias são aconselhadas a não voltarem as suas casas ainda. Em Alegrete, no feriado, o rio Ibirapuitã mede 7,31m, deixando para trás as cotas de alerta, atenção e inundação: 9,50m e 9,70m. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Renato Grande, por precaução, as 31 famílias desabrigadas e outras 61 desalojadas devem permanecer aguardando a evolução do quadro climático para poderem retornar com segurança.

Os bairros Santo Antônio, Vila Nova, Promorar, Canudos, Vila Izabel e Macedo foram os mais atingidos. O Ginásio do Instituto Oswaldo Aranha, a Sociedade Alegretense de Apoio à Infância e Adolescência (SAAIA) e o antigo posto do bairro Macedo recebem os ribeirinhos. Em São Borja, conforme o coordenador da Defesa Civil, Moacir Tiecher, o rio Uruguai retornou ao leito. As 20 famílias (58 pessoas), no entorno do bairro do Passo, após a higienização das moradias, concluíram a volta às casas.

Em Itaqui, o rio Uruguai mede 8,35m, baixando (fixado ainda o limite da cota de inundação). Estão mantidas as 36 casas volantes, usuais na cidade, dos bairros Ponte Seca, Cerrinho, Dois Umbus e 24 de Maio, tracionadas para pontos mais altos das margens do rio e 11 famílias de casas fixas foram removidas, resultando em 111 pessoas afetadas. Duas famílias estão no Ginásio Castelo Branco e nove direcionadas para moradias de parentes. A estrada vicinal de acesso à localidade do Pintado permanece com o trânsito bloqueado devido às águas. O serviço da balsa que liga Itaqui e Alvear, na Argentina, segue suspenso.

Estima-se que serão necessários 10 dias para a normalização do quadro e retorno das volantes e famílias aos pontos de origem. O prédio da Receita Federal do Brasil está alagado e as exportações e importações pela Aduana itaquiense paralisadas.

Em Uruguaiana, o rio Uruguai mede 9,23m, ainda além do nível normal, porém voltando ao curso. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, foram mantidas as 71 famílias atingidas (6 desabrigadas e 65 desalojadas – totalizando 301 pessoas), dos bairros Mascarenhas de Moraes, Santo Antônio, Nova Esperança e Cabo Luiz Quevedo.

Cinco famílias no pavilhão do Centro Esportivo Zona Leste e uma no Centro Esportivo Nova Esperança, que recebem os núcleos desabrigados. As demais procuraram a casa de parentes ou barracas.

Em Barra do Quaraí, divisa com Bella Unión, no Uruguai, o rio Quaraí mede 7,68m, mantendo a baixa. O céu está nublado e neblinando. De acordo com Izair Rodrigues, coordenador da Defesa Civil, o plano de contingência municipal está preparado para enfrentar os fenômenos climáticos.

Em Manoel Viana, segundo o coordenador da Defesa Civil, André Meneghetti, o rio Ibicuí media 11,34m, baixando moderadamente, na quarta-feira, com episódios de sol entre muitas nuvens, depois de atingir 11,89m. Há 21 famílias desalojadas (48 pessoas), dos bairros Navegantes, Restinga e Progresso, que foram levadas para casas de parentes e amigos. As primeiras famílias devem iniciar o retorno nesta quinta-feira, caso seja mantido o ritmo de recuo do manancial.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895